terça-feira, 19 de janeiro de 2016

A mama

Muito se tem falado sobre o choque, o drama, o horror que é ver uma mulher a amamentar um filho.
Eu percebo, há uma mama envolvida no processo. UMA. MAMA.
Se porventura, nas revistas, jornais, televisão, cinema, praia, ou mesmo na rua fosse normal ver mulheres praticamente de mamas de fora era uma coisa, mas nesta sociedade que glorifica as golas altas e decoro, dá para compreender a indignação.
Depois há a outra parte, a nutricional. Comer na rua é uma vergonha, ainda mais quando há estranhos a ver! Confesso que por vezes regurgito um pouco quando estou num restaurante (ou na rua) e vejo alguém orgulhosamente a mostrar o seu bolo alimentar enquanto mastiga. Mas na grande maioria das vezes, consigo ficar indiferente quando alguém está a comer num local público. Sou uma corajosa.

Para todos aqueles que, ao contrário de mim, nunca viram uma mama ou alguém a comer, sugiro o seguinte exercício:

Coloquem alarmes a cada 4 horas (e já estou a ser fofa, porque poderia ser a cada hora ou de 2 em duas). Comecem a comer quando ligarem o alarme, vistam-se, arranjem-se e vão passear.
Quando o alarme tocar comam. Mas não o façam à selvagem, com toda a gente a ver, (que vergonha!!). Se houver uma casa de banho pública entrem, sentem-se num cubículo e deliciem-se com o repasto. Caso não a consigam encontrar não há problema. Peguem num pano/casaco e coloquem-no sobre a vossa cabeça antes sequer de começarem a comer e retirem-no só depois de engolido o último bocado.
Hmmmmmm. Que bem que soube não foi?
Repitam estes passos sempre que for hora de comer ou de beber.

Pessoas. Amamentar é alimentar. Quem sexualiza um acto tão biológico como alimentar um bebé tem de parar para pensar no motivo de o fazer.
Garanto-vos que nenhuma Mãe anda em público a exibir a mama para chocar ou aliciar maridos alheios (haverá coisa mais sensual que uma mama a pingar leite? Sim. TANTA COISA).

Por isso, pessoas deste Mundo, com tanta coisa grave a acontecer por todo o lado, acho que este é o menor dos vossos problemas. Sigam a vossa vida e deixem quem está a alimentar o filho em paz.

 

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