sexta-feira, 13 de outubro de 2017
Quem é amiga, quem é?
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
E afinal o que é que anda por esse quarto?
Passando à parte prática vamos ver o que se passa em cada foto:
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
Para ti, que deixas o filho na escola pela primeira vez
Não interessa a idade do filho, se tem 5 meses ou 2 anos. Custa sempre.
Até este ponto acompanhámos todos os momentos. Estivemos lá para cada etapa, cada conquista, cada birra e sorriso. Vimos a primeira gargalhada e rimo-nos de novas patetices aprendidas.
E agora? Agora eles vão ficar longe. Fora de casa e do colo da Mãe, e não é fácil.
Pensamos sempre que vão ter saudades nossas. Que nenhuma educadora pode dar o carinho e atenção que eles merecem e ficamos tristes por isso. Pensamos no que vamos perder. "E se não estiver lá quando der os primeiros passos?"; "Será que vai dizer lá a primeira palavra?".
A cabeça não para. Pensamos em mil cenários. As doenças! Vão ficar doentes, coisa que até agora não aconteceu. A alimentação. Será que vão comer o que enviamos ou vão dar coisas que não queremos?
Eu lembro-me como se fosse hoje do primeiro dia que deixei a Madalena na escola. Chorei imenso, mas imenso mesmo. Estava na minha última semana de licença de maternidade e fizemos a semana de adaptação. O momento em que passei a minha filha para a mão da educadora foi como se me tivessem arrancado um órgão sem o qual não sabia viver. Foi horrível. Fui o caminho todo até ao carro a soluçar, agarrada ao meu marido enquanto ele me dizia que uma hora depois já lá estaríamos para a ir buscar e que tudo iria correr bem. E correu. Quando voltámos ela estava bem. Pediu logo para vir para o colo e eu aí chorei mais um bocado.
A semana continuou e não vou mentir, custou-me muito. Ainda hoje, a dias de ela começar o terceiro ano na escola, sinto um nervoso miudinho com a aproximação da data. Sei que ela fica bem, até porque já tem os amigos na escola e uma equipa de educadora e auxiliar incríveis que me dão muita tranquilidade.
Se vai custar? Vai. Não queria estar na pele das Mães a dias de deixar os filhos pela primeira vez na escola, porque sei que por mais que ouçam de 350 mil pessoas que eles ficam bem, sentimo-nos sempre a abandoná-los, e que sensação horrível esta é.
Mas vou repetir o que já ouviram: eles ficam bem. É o que se chama um mal necessário. Há que trabalhar e na escola as funcionárias são profissionais. Estudaram para isto, já o fazem há algum tempo e, apesar de nunca ser igual a ficar em casa, eles ficam bem.
Por isso força. Coragem. Bebam um copo, comam um chocolate.
Garanto-vos que melhora com o tempo.
E eles vão ficar bem <3
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
Quando é que a fase escatológica passa mesmo?...
Não precisava de muita coisa, mas o suficiente para justificar a ida.
A caminho pergunto-lhe:
"Madalena, o que vamos comprar ao supermercado?"
Ela responde:
"Tapioca".
"Boa querida, a mamã está mesmo a precisar de tapioca! E mais?"
"Pão"
"Verdade, também temos de comprar. E agora para jantar? Apetece-te alguma coisa de especial?"
"Sim!!!"
"O quê? Diz querida, que compramos lá"
"Cocó"
"Cocó? Filha, isso não é refeição e não se compra no supermercado"
Passou.
Fizemos as compras, chegámos a casa e fomos para a cozinha tratar do jantar.
Pouco tempo depois pede para ir à casa de banho.
Senta-se na sanita e diz:
"Mamã, quero um prato!"
"Porquê filha?"
"Estou a fazer o jantar"
terça-feira, 29 de agosto de 2017
Coisas que valem mesmo a pena #2 (versão Anita e Matilde)
Sei que há mil e um modelos de cadeirinhas para crianças que reclinam, levantam e sobem. Que fazem bolinhas de sabão e arco-íris enquanto dançam o vira. Nós, para ter em casa, optámos pela cadeira mais barata e simples, a ANTILOP do Ikea... um espetáculo para limpar e facilmente transportável entre as divisões da casa. Mas não é dela que vos venho falar.
A nossa melhor compra, a nível de mobiliário de refeições, não foi essa mas sim a cadeirinha com que andamos sempre no carro... a Pocket Snack da Chicco!
Super prática! Vive na mala do carro sempre pronta para um almoço inesperado, para um jantar em casa de amigos ou um lanche de última hora.
Adaptável a qualquer cadeira, fechada fica pequena e com uma alça para a levar ao ombro.
Tem duas alturas e a possibilidade de usar a mesinha ou optar por juntar a cadeira à mesa comum.
E um cinto de segurança com 3 pontos de fixação.
Tivemos em tempos uma de tecido que também se prendia à cadeira mas facilmente cedia às brincadeiras e inclinações da Matilde, com a desvantagem de não ter mesinha. Anos luz aquém da qualidade desta!
As vantagens são todas estas e muitas mais. Para quem, como eu, tem um certo nojinho das cadeirinhas de centros comerciais que por vezes parecem acabadas de sair de um encontro mundial de de suínos na lixeira mais próxima!
Esta é a minha sugestão para hoje, sem qualquer patrocínio, apenas uma opinião verdadeira e pessoal.
Anita
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
Os Terrible Twos
Já tinha ouvido falar nos temíveis "terrible twos" ha muito tempo. Lembro-me de quando a Madalena começou a andar me ter queixado de que estava a ser cansativo, e uma amiga com uma filha nesta fase me dizer: "Espera até chegar aos dois anos...".
Confirma-se. Não digo que seja pior, mas é uma etapa mais desafiante.
Mas o que é realmente isto dos terrible twos?
Basicamente é uma fase na qual eles já não são bebés mas também ainda não são crianças. Lutam entre a dependência que ainda têm nos adultos e o desejo pela independência. É normal nesta fase oscilarem rapidamente entre o grande apego e a vontade de desempenharem tarefas sozinhos.
A juntar a isto, temos um desenvolvimento extraordinário a nível motor, intelectual, social e emocional. O vocabulário cresce de dia para dia, a autonomia também e começam a perceber que também há regras que têm de ser cumpridas.
O que acontece é que muitas vezes a agilidade motora, verbal e emocional não acompanha o ritmo deste crescimento, o que pode gerar frustração, mau comportamento e birras.
É normal ver uma criança de dois anos gritar ou atirar-se para o chão quando alguma coisa não corre conforme as suas expectativas e, por mais difícil que pareça, não vale a pena tentar chamá-los à razão nesta fase.
O ideal é tentar desviar-lhe a atenção e, se não for o suficiente para parar com o comportamento, levá-los para um local calmo (caso estejam fora de casa) e deixar que a birra passe. Geralmente quando passa a crise eles ficam estranhamente calmos e é possível falar sobre o que se passou.
Ler informação sobre esta fase fez-me compreender melhor o que a Madalena está a passar e ajudou-me a lidar melhor com isto.
Há dias em que fico frustrada, mas felizmente são muitos mais os dias bons que os dias de birra. Nos dias de birra tento perceber os factores que as desencadearam e se são de alguma forma evitáveis (não dormir, demasiada agitação...) para da próxima vez correr melhor.
Por isso quando virem aquela Mãe a arrastar um filho que esperneia sabe Deus porquê não julguem. Não enviem olhares reprovadores (acreditem, essa Mãe está nesse preciso momento a passar na cabeça tudo o que fez e a perceber no que terá errado). Uma criança que faz uma birra não tem de ser fruto de pais incompetentes. Muitas vezes não o é.
Entretanto já me disseram que os 3 anos é que são os terríveis. Oh well. Um passo de cada vez ❤️
sábado, 19 de agosto de 2017
Pelo fim da violência
Tenho evitado ao máximo falar sobre isto, porque este blog quer-se leve e divertido, mas começa a ser impossível ficar calada.
Ontem estava feliz da vida, de férias, a descansar. Quando acordámos da sesta vi nas notícias o que se tinha passado em Barcelona.
Pessoas que estavam na sua vida, muitas delas de férias como nós, morreram em mais um atentado. Vimos as notícias em directo na TV com a Madalena sempre a perguntar : "Que foi mamã? Que se passa mamã?" e eu desvalorizei, naturalmente. Disse que não era nada, que tínhamos era de brincar.
Mas não é verdade.
Pensei no que seria de por acaso lá estivéssemos. Se acontecesse alguma coisa a um de nós, e fiquei angustiada.
Que raio de mundo é este? Não é isto que quero como realidade para a minha filha. Não quero que ela ache isto normal. Não quero sequer que ela tenha de ter uma opinião sobre isto. Não quero que ela cresça neste clima de terror que, devagar devagarinho, se vai instalando.
Sei que não posso fazer muito em relação a isto. Não quero condicionar a minha vida pensando no que pode vir a acontecer, mas já dou por mim a pensar mais vezes no factor segurança do que fazia.
Resta-me educá-la com base no amor e no respeito. Tentar contribuir para uma nova geração que possa fazer a diferença.
Até lá vou continuar a enchê-la de beijos e abraços e deixá-la viver no seu mundo de princesas e magia, dizem que por lá vivem felizes para sempre.