sábado, 30 de abril de 2016

Porque as coisas boas também são dignas de registo

Hoje fui ao supermercado com a Madalena. Nunca a levo no carrinho, porque já que acaba sempre no colo vou alternando entre isso e sentada ou de pé no carro do supermercado.
Acabei por encher dois daqueles sacos gigantes deles. Pesadíssimos.
Estava a pagar com a Madalena ao colo quando uma senhora que estava atrás de mim, aí dos seus 60 anos me pede licença e diz:

"Oh menina, está aí sem mãos livres, deixe que eu a ajudo" 

E nisto pega-me nos sacos pesadíssimos e coloca-os no carrinho de compras.
Fiquei atónita.
Devo ter agradecido umas dez vezes à senhora. 

Por isso aqui fica o meu testemunho. No meio do pessoal egoísta e selvagem que por aí anda ainda existe gente muito boa.

Há esperança para a Humanidade!

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Ser Mãe também é chorar

Hoje tive um dia complicado. 
Quando fui buscar a Madalena à escola fiz o melhor para tentar disfarçar e, chegando a casa, entrámos nas brincadeiras normais, mas sempre a custo para mim.
Dei-lhe o jantar e quando a levei para o quarto fui escolher o pijama, sempre com ela ao colo. 
Como sempre estava a falar com ela, e a explicar o que estava a fazer.
Nesta conversa saiu-me um "Desculpa filha, hoje a mamã não está nos seus dias. Prometo que amanhã será melhor".

Acabei de dizer isto e ela olha para mim, dá-me dois beijinhos e um abraço apertado e aí caiu-me tudo.
Como é que aquela migalha de gente sabia exactamente o que eu precisava?
Chorei, claro que chorei. Mas devolvi o abraço e beijinhos e agradeci-lhe.

Adormeceu super depressa (até aí ela me ajudou) e eu vim para a sala de coração cheio.
Quando penso que é impossível gostar mais dela ela faz isto.

Obrigada Madalena. Fizeste o meu dia.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Canções de embalar (...ou nem tanto)

Chegar ao berçário e ter uma das educadoras a trautear esta musica para acalmar/adormecer uns bebés...



Nota para o futuro: não estranhar quando a Matilde se quiser inscrever nas aulas de kizomba e tiver posters do Badoxa e do C4 Pedro na parede do quarto gastos na zona da boca de tantos beijos que ela lhes deu. Daqueles.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Ainda mama??

Sim, a Madalena tem um ano e eu "ainda" dou de mamar.
Como já escrevi aqui não sou fundamentalista. Acho que amamentar é uma escolha pessoal e a mulher tem direito tanto a querer amamentar como a não querer. 
Infelizmente em Portugal é normal um bebé com 3 meses já só beber suplemento, mas é uma anormalidade uma criança de um ano mamar. Qualquer pediatra consegue falar sobre os diferentes suplementos e as suas indicações mas se houver um problema na amamentação, não consegue dar grande ajuda.

Isto para dizer o quê?
De acordo com as directrizes da OMS, a amamentação está recomendada até aos 2 anos de idade, sendo preconizado como meio de eleição para o desmame o desmame voluntário da criança.

Quem amamenta sabe que o leite materno não é só alimento. É carinho, é colo, é conforto. 
Embora as coisas já estejam a melhorar por estes lados, uma mãe que queira amamentar ainda fica desamparada.
O mito do "leite fraco" ainda é comum entre ginecologistas e pediatras o que leva a que uma Mãe duvide de si, especialmente no puerpério quando o cansaço, o medo e a sobredose hormonal nos tolda o raciocínio.

No meu caso conseguir dar de mamar 1 ano foi uma vitória. Tive bastantes dificuldades no início (e, lá está, pouco ou nenhum apoio) e cada mês que consegui ultrapassar foi uma luta ganha.
Tive de ignorar vários médicos e enfermeiras e seguir o meu instinto. E ainda bem que o fiz.

Passado um ano tenho uma filha linda, saudável (tirando as bichezas que o malfadado berçário lhe transmite), feliz, sociável, super desenvolvida e com uma facilidade de adaptação a qualquer local impressionante.

Se ouço comentários e piadinhas sobre o facto de ainda a amamentar? Todos os dias. 
Se isso me afecta? Nada. 
Sei que estou a fazer o melhor para nós e isso só me deixa feliz e orgulhosa.
Quando vou deixar de dar de mamar?
Não sei. E não estou nada preocupada.

domingo, 24 de abril de 2016

Porquê?...

Domingo.
A Madalena acorda às 5.30.
Respiro fundo e decido aproveitar a manhã. Fomos as duas para a cozinha e faço-lhe umas belíssimas panquecas super saudáveis acompanhadas de framboesas.


Bonito não é?
Ela adorou. Comeu, riu, comeu mais um bocado. Um espectáculo. Vitória.

Até ela se ter decidido sentar em cima do prato...



Agora vou só ali chorar um bocadinho...

sexta-feira, 15 de abril de 2016

366 dias

366 dias de risos, lágrimas, muita alegria, incertezas, abraços apertados, beijinhos, colinho, noites mal dormidas, gargalhadas, passeios e tanto, mas tanto tanto amor.

1 ano de Madalena. A bebé mais incrível do Mundo.

Que privilégio é ser tua Mãe minha querida filha! Desde o momento em que soube que existias que tudo mudou. Passaste a ser a minha prioridade e nada me faz mais feliz do que passar tempo contigo.

Que estes 366 dias sejam os primeiros de muitos, repletos de felicidade, saúde e muito muito amor.
Tenhas tu 1, 10 ou 50 anos,vais ser sempre a minha bebé.

Muitos parabéns minha querida filha.
A mamã ama-te muito.


quarta-feira, 13 de abril de 2016

Descobri!!!

Caras leitoras. Mães. Amigas. Camaradas.
Descobri.
Não me quero armar em esperta, mas descobri uma coisa que vos vai aumentar extraordinariamente a qualidade de vida.

Quantas de vocês já foram grávidas ou com crianças de colo para uma fila prioritária e, ao exigir a dita prioridade, ouviram bocas de que "gravidez não é doença" ou que deveriam deixar as crianças em casa? 

Quantas vezes vos questionaram o porquê de dar de mamar ao vosso filho ou, em contrapartida, o porquê de não o fazerem? (sim, a mãe está sempre mal, faça o que fizer)

Quantas vezes tiveram de ouvir comentários sobre a alimentação que fazem aos vossos filhos, a roupa que eles vestem, as rotinas de sono e tudo o resto que envolva a sua vida?

Pois eu descobri a solução. A frase ideal para responder a toda e qualquer pergunta idiota ou provocação:


"Pois, é assim a vida".




Duvidam? 

Ora experimentem:

"Ah, ainda dá de mamar??"
"Pois, é assim a vida."

"Não dá de mamar??? Não sabe que é o melhor para o seu bebé??"
"Pois, é assim a vida"

"A passar à frente na fila...desde quando é que gravidez é doença?/podia ter deixado o bebé em casa!"
"Pois, é assim a vida"

"Com este tempo tem o bebé assim vestido?! Devia por/tirar uma peça de roupa!"
"Pois, é assim a vida"

"Acorda de hora a hora?! A essa idade ja devia dormir 2 dias seguidos!
"Pois, é assim a vida"

Hein? Que tal??
Experimentem e depois digam quem é amiga!

[Receita] Bolachas de papa de pacote e banana

Hoje damos início a uma rubrica nova.. Receitas para as nossas crias (não digo "bebecas" porque me provoca urticária..)

Ora bem, a Matilde de há uns tempos para cá decidiu que não queria mais papas (às vezes lá a engano misturando fruta ou fazendo uma papa caseira). E o que é que isto importa? Importa que agora tenho um armário atulhado de pacotes por comer. Isto porque sua majestade rejeitou a papa e eu fui mudando de sabores a ver se pegava e nada.

Hoje trago-vos uma forma de aproveitar restos de papa antigos.

Bolachas de papa de pacote e banana.

Ingredientes:

- 2 chávenas de papa de pacote, ou 1 de papa de pacote e outra de uma farinha à escolha ou mesmo flocos de aveia
- 1 c.sopa linhaça moída 
- 1 c.sopa óleo de côco derretido
- 1 c.sopa de água
- 1 banana muito madura, daquelas que já ninguém come.

Procedimento:
1.    Préaquecer o forno a 180º
2.    Num processador (ou à mão) esmagar a banana juntamente com o óleo de côco e a água.
3.    Juntar a farinha e amasse até obter uma mistura macia e suave. (Adicionar outra colherada de água  se necessário. O nível de humidade vai depender muito do tamanho e da humidade da banana)

4.    Estender a massa com cerca de 1cm de espessura e cortar com formas para bolachas (círculos ou rectangulos). Transferir para um tabuleiro de forno sem untar . 


5. Levar ao forno pré aquecido a 180º cerca de 10-15min, até dourar.


6. Arrefecer completamente e armazenar em recipiente hermético.



Ficaram realmente boas! Estaladiças por fora e moles por dentro. No dia seguinte já não estavam estaladiças por fora (mesmo guardadas em recipiente hermético) mas estavam igualmente deliciosas. Comeu o pai e comeu a filha.


Anita

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Carta à Madalena

Minha querida querida filha. Tem sido difícil aceitar que já passou um ano. Um ano. Há 366 dias ainda éramos uma só. Vivias ao som do meu coração que já aí era teu. Vibravas com a minha alegria e davas-me pontapés de alento quando me sentia mais triste. Vivia com as mãos na minha barriga, a fazer-te festinhas e tu respondias com um abanão. 
Lembro-me de tudo como se fosse ontem. O dia em que soube que existias, a primeira fotografia, ainda sem certezas de nada, o primeiro batimento cardíaco (que emoção!), a primeira vez que tive a certeza que te senti mexer, a ecografia que nos confirmou que vinhas tu e não o Augusto, as cambalhotas artísticas que deste e me assustaram duas vezes, a forma como te revoltavas quando usava os teus aposentos como apoio do iPad e como te mexias quando me ouvias cantar.
Como é possível ter passado um ano?
Hoje olho para ti e só consigo sentir amor, um amor tão forte que é impossível colocar em palavras. És incrível. Uma bebé maravilhosa, se tivesses vindo por encomenda não virias tão perfeita.

Escrevo-te este texto a 2 semanas de comemorares o teu primeiro aniversário, com medo de, na altura, não ter capacidade para o fazer.

Quero-te dizer que és o melhor da minha vida e que, apesar de só existires há um ano, já não me lembro do que era a vida antes ti.

A mamã gosta tanto de ti Madalena. 
Nunca te esqueças disso.