sábado, 26 de dezembro de 2015

Elevador perfumado

Momento surreal no elevador do cascais shopping:

A Madalena está a tomar antibiótico (já iremos aí quando a coisa acalmar) e, por causa disso, tem a barriga meio esquisita.
Ora hoje estávamos no shopping e entrámos no elevador para ir para o piso 0. Quando entrámos já lá ia um homem que desceu connosco. Estávamos então, no elevador, eu, a Madalena (no wrap) e o homem.

As portas fecham-se e, de repente, sinto um cheiro a ovo podre que me deu vómitos, cheiro esse perfeitamente compatível com o que tem vindo a ser eliminado da barriga da minha linda filha.
Tiro imediatamente a Madalena do wrap enquanto digo: "Oh Madalena! Como é que uma boneca tão linda como tu é capaz de produzir tamanho cheiro?".

Cheiro-a. Não era dela.
Olho para o homem. Roxo. De olhos no chão.

Felizmente a viagem foi rápida e em menos de 5 segundosnestava fora daquela estufa fedorenta.
É que só a mim...

sábado, 19 de dezembro de 2015

Era uma vez no Fórum Sintra #1

Eu não sou frequentadora assídua do fórum Sintra. Acabo por ir lá parar em situações específicas, seja por estar a passar perto para almoçar ou quando quero ir a alguma loja que só encontro ali.

Desde que a Madalena nasceu, a minha percepção deste centro comercial mudou, e tudo devido a uma zona específica: os elevadores.

Diz a lenda que os elevadores são exclusivos para pessoas com mobilidade condicionada ou para quem leve bebés e proibidos a quem leve carrinhos do supermercado.
Porquê a lenda? Porque a realidade é uma coisa completamente diferente.

Não há dia em que leve a Madalena de carrinho e não saia de lá com uma história para contar. Já estou num ponto em que começo a perguntar quando será o dia em que apareço nas notícias por agressão qualificada.

Hoje não foi excepção. Fui logo às 10 da manhã para evitar a confusão e a coisa até correu bem. Arranjei lugar perto da porta dos elevadores e esperei menos de 1 minuto pelo dito. Fiz as minhas compras e uma delas, devido ao volume, ficou na loja para ir levantar antes de sair.
Obviamente que fui para o carro e esqueci-me completamente de a levantar.
Dirigi-me aos elevadores para ir para o parque e tinha do meu lado, também à espera de elevador, duas raparigas nos seus 20 anos e uma pessoa com um carrinho de supermercado.
As portas abrem-se e já lá vinham duas pessoas de 30 e tal anos. A pessoa de carrinho de supermercado tentou passar à minha frente, mas uma cara de fúria acompanhada de um dedo a apontar para a proibição dos ditos carrinhos no elevador foram suficientes para a demover. Entrei. A meio da descida lembrei-me que tinha deixado a prenda para trás e, chegando ao -1, acabei por ficar no elevador. Nesse andar estava uma outra mãe de carrinho e ar desesperado que me perguntou se eu arranjava espaço para ela.
Disse-lhe que obviamente que sim e ela lá entrou. 

No caminho para cima contou-me que estava há 15 minutos a tentar subir, mas que apanhava elevadores cheios de pessoas que, não só não saíram, como lhe diziam que já vinham de um andar inferior e que tinham prioridade. La lhe perguntei se não as expulsava do elevador e ela riu-se, até perceber que eu o fazia. Aí ainda se riu mais.
Chegamos ao piso 0 e saímos as duas.

Lá apanho os sacos (ENORMES) e sigo de volta para o elevador. Apanho o primeiro sem grande dificuldade mas, entre sacos e carrinho, ocupei o espaço quase todo e eis que uma mulher dos seus 40/50 anos, munida de dois saquinhos da Primark, pergunta se lhe arranjo espaço.
Ok, lá me entalo ela entra.
Ainda as portas não tinham fechado e começa o seguinte diálogo:

Pessoa: Isto é inadmissível não é?
Diana: O quê?
P: Só haver dois elevadores! Estou há mais de 5 minutos à espera!
D: Eu não acho. Até porque os elevadores são exclusivos, logo nem a senhora aqui devia estar. Se as pessoas não fossem selvagens e cumprissem, quem realmente precisava de andar neles não teria qualquer problema.
P: Ah! Mas de qualquer das maneiras só há dois elevadores!
D: E chega perfeitamente. A senhora só esperou porque quis enquanto que eu, cada vez que a senhora e outros tantos que não precisam de aqui estar, tenho de esperar uma eternidade pois não tenho mesmo alternativa. Era andar 5 metros para o lado e descer as escadas. Ainda por cima são automáticas, nem precisa de mexer as perninhas.

E saí. 
Será que a consegui evangelizar?...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Vou amamentar a Matilde até aos 16 anos

A Diana não me deixa falar de cocó. Permitiu-me fazê-lo, a muito custo, se isso significasse escrever no blog e se não referisse o nome dela, por isso, Diana não vou referir o teu nome, ok?

Mas as minhas epopeias da maternidade giram muito à volta desta temática.

Ao fim de pouco mais de 6 meses de amamentação exclusiva, a Matilde comia o seu primeiro creme de legumes. Confesso que estava ansiosa por começar esta fase. Começar a fazer e variar as sopas e as papas, estudar receitas, escolher os melhores legumes, conhecer o gosto da minha filha e o que mais a agradaria ou não. Era como se isso me trouxesse mais um pouco da personalidade dela que descubro todos os dias.

Tudo isto era muito bonito e até consigo imaginar musiquinhas cor-de-rosa como banda sonora do bonito que isto era.
Tudo isto era muito bonito até chegar o primeiro "cocó de sopas".
Tudo isto era muito bonito até, numa manhã sozinha com ela em casa, ter dado com "o" brinde numa normal muda de fralda. Felizmente acordo com tempo de me demorar com ela, de a levar a pé à creche e de ir calmamente até ao meu trabalho.

Cenário:
Matilde suja até às costas, massa fecal bem mais compacta do que os lindos cocós "de leite", Matilde em êxtase a bater com as pernas no trocador de fraldas enquanto chapinhava com os pés na fralda recém aberta. Peguei-a pelos braços e corri com ela até ao chuveiro mais próximo enquanto parava a respiração (o cheiro... ai o cheiro dos cocós "de leite", que saudades).
Banho ali mesmo.
Voltei com ela ao colo, a recuperar do choque, embrulhada na toalha quando comecei a sentir um quentinho pela minha roupa a baixo (já estava vestida para sair) pensei " Deve ser água, sim é isso! Escorreu água do banho"... E era água! Mas água daquela quentinha que já passou pelos rins e pela bexiga da minha filha.

Toca a vestir de novo as duas, eu e ela e sair a correr para a creche, para ir a correr para o carro e ir a correr para o trabalho.

Sim, já me disseram que agora é só a piorar, sopas de carne e sopas de peixe acenam-me no horizonte. São tão fofinhos os bebés... ... ...

Por isso tomei uma decisão.

Vou amamentar a Matilde até aos 16 anos.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Socorro! Pari o Hanibbal Lecter...

É verdade. 
Tenho uma versão pequena e feminina do Hannibal Lecter aqui em casa.
Não, a Madalena não anda atrás de mim a dizer "Hello Claricccccccccccce...", mas desenvolveu uma paixão pelo canibalismo.

Passo a explicar: como já tinha dito, no update dos 7 meses, a Madalena já tem os dois incisivos inferiores. Dois lindos e (muito) afiados dentinhos.
Então o que é que esta miúda começou a fazer? Ora mostra algum interesse por mamar. Quando lá está não mama.
Olha para mim, ri-se, morde com toda a força que tem e contorce-se a rir quando começo a gritar. 

Digam-me por favor que é uma fase...ou então passem-me o contacto de um bom cirurgião plástico.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Vão visitar um recém nascido a casa? Leiam primeiro isto

Já se leu por aí milhentos blogs e páginas com dicas fofinhas para as primeiras visitas em casa ao recém nascido. Muitas delas são interessantes e cheias de sentimento. Acho que ficou a faltar a versão prática e sem corações nos olhos.

Pois aqui segue a versão que eu julgo ser a mais real:

1- por mais que tenham falado antes do parto e de a Mãe dizer que acha óóóóóptimo ter visitas em casa mal volte do hospital perguntem novamente depois de o bebé nascer. Se notarem alguma hesitação no convite não apareçam. Deixem passar mais algum tempo e depois voltem a perguntar.

2- eu sei, é muito giro ver o bebé mal ele nasça, mas há toda uma vida para o ver. E a Mãe vai estar, pelo menos, 4 meses em casa. Sejam originais. Não apareçam nos primeiros dias, quando toda a gente quer aparecer e os pais estão de rastos, e apareçam dois ou três meses depois, quando as pessoas parece que já se esqueceram que o bebé nasceu.

3- se vão visitar nos primeiros tempos e querem ajudar, não se ofereçam para ficar com o bebé para a Mãe ter tempo para cozinhar/arrumar. Cheguem-se à frente e ofereçam-se para dar um jeito à casa, levem comida já feita ou mantimentos básicos. Isso sim, é apreciado. 

4- não fumem antes/durante a visita. Por mais que lavem as mãos ou comam pastilhas o cheiro a tabaco não desaparece e o recém nascido não precisa de começar logo a vida como fumador passivo.

5- se os pais pedirem para lavar/desinfectar as mãos, façam-no sem comentar ou mandar piadinhas. Os pais não o fazem por achar que vocês são porcos ou andaram com as mãos em sítios dúbios (quer dizer, às vezes...), mas sim por quererem proteger o filho recém nascido. 

6- não peguem no bebé se os pais não vos perguntarem primeiro se o querem fazer. Há pais que não se sentem confortáveis com colos alheios nos primeiros tempos e há que respeitar. 

7- cada vez que o bebé fizer alguma coisa (chorar, ter soluços, dormir, não dormir) não emitam uma opinião sobre qual será a origem do comportamento ("Está com fome!!" "Está cansado!" "Tem cólicas!!"). Se por cada opinião não solicitada os pais recebessem 1€ ficavam ricos antes de acabar a licença de maternidade. Não contribuam para esta causa.

8- é normal quererem oferecer uma prenda, mas antes de gastarem dinheiro perguntem se alguma coisa faz falta, incluído fraldas ou algum artigo para a higiene do bebé. Muitas vezes um pacote de fraldas vale por dez vestidos bonitos.

9- se a Mãe se retirar para dar de mamar, por amor de Deus, não a sigam! Se ela se retirou foi porque quis privacidade nesse momento. Respeitem.

10- não façam sala. Por educação os pais nunca vos irão expulsar de casa, mas estão cansados e precisam de aproveitar os momentos em que o bebé dorme para organizar as coisas ou dormir, coisa que não poderão fazer com visitas em casa. 

11-  finalmente, aquilo se deveria fazer sempre e muitas vezes fica esquecido: elogiar. Um simples "Que bem que este bebé está, estão a fazer um óptimo trabalho" pode fazer maravilhas a um casal que está cansado e, muitas vezes, inseguro. 


domingo, 6 de dezembro de 2015

Fraldários

Já se sabe que uma Mãe consegue fazer muita coisa. Com o nascimento de um filho nasce também em nós um espírito de MacGyver, que nos dá uma capacidade de inventar soluções quando elas parecem impossíveis.
Isto nunca foi tão real como com o drama dos fraldários.

Antes de ser mãe nunca tinha reparado que em restaurantes é raro haver um. Normal. Não precisava dele, por isso não me fazia falta.
Agora que tenho a Madalena quase que me apetece ter um diário onde anoto os que têm, ou melhor, não só os que têm como o que aconteceu nos outros, quando precisei de lhe mudar a fralda.

Dentro das histórias mais absurdas tenho duas mudanças de fralda surreais.
Uma, num restaurante todo chique em Sintra, com a Madalena suja até à nuca. Foi-me dada a única opção que dispunham: uma cadeira de praia de madeira e lona, rentinha ao chão, onde não só tive de mudar a fralda de joelhos, como também tive de controlar os movimentos da Madalena porque a lona balançava lado a lado.
A segunda, num restaurante em Alcabideche, onde acabei a mudar a fralda na dispensa, em cima de uma pilha de toalhas de mesa de papel, rodeada de caixas de comida.

Pior que isto são os restaurantes que, não só não possuem fraldário, como ainda nos lançam um ar de desprezo quando perguntamos onde podemos mudar a fralda.
Ontem almocei num restaurante desses. Um restaurante dos mais antigos na zona de Birre. Quando precisei de mudar a fralda à Madalena não só percebi que não havia fraldário como, quando perguntei a um empregado como poderia fazê-lo levei um: "Sei lá! Não dá.", seguindo depois no seu caminho como se nada fosse.

Eu assumo que não seja obrigatório ter fraldários em restaurantes, mas este tipo de postura, num restaurante supostamente bom deixa-me irritada.
A vontade que me dá é de ocupar a primeira mesa livre e mudar a fralda ali, mas como (ainda) não estou louca fico-me sempre pela vontade.

E vocês? Contem-me as vossas histórias dantescas de mudanças de fralda sem fraldários ou em fraldários alternativos.
Imagino que haja muuuuuuuitas por aí!!

sábado, 5 de dezembro de 2015

Madalena no seu esplendor

5 da manhã. Acorda para mamar.
Acaba, vai para a cama dela.
Vira-se, dá um pum, bate palmas e adormece.

Todo um charme...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Agora sim, já me aconteceu tudo

No meu trabalho passo muito tempo a conduzir. Isso faz com que seja bastante prática e faça grande parte da minha vida no carro.
Como estou a amamentar, tenho de tirar leite durante o dia e acabo por fazê-lo a conduzir, para não roubar tempo do dia de trabalho. Pode parecer loucura, mas comigo funciona e acaba até por ser bastante prático, tenho um cachecol que uso para disfarçar e ninguém repara. Até hoje.

Estava alegremente a tirar leite, entrei numa rotunda e vejo uma operação stop...
Eu NUNCA sou mandada parar. Nunca mesmo. Obviamente que hoje tinha de ser o dia.
Fui mandada parar por um polícia logo à entrada da rotunda, o que não me deu tempo para tirar a bomba. Encosto o carro, roxa, e baixo o vidro. O polícia olhou para mim e perguntou se estava tudo bem, tal era o meu ar de pânico (lá está, o cachecol não deixava perceber o que se passava).

Apontei para o motor da bomba e expliquei o que se estava a passar. Acho que o polícia ficou ainda mais atrapalhado que eu. Em menos de 5 segundos mandou-me seguir, sem fazer mais perguntas. E eu demorei cerca de 10 minutos a voltar à minha cor normal...




Seis meses de Matilde

Há seis meses atrás abracei-te pela primeira vez. A tua pele na minha, o meu coração no teu. Olhavas-me como se sempre tivesses feito parte da minha vida com a certeza que também ali nascia eu.

Hoje, recebes-me com sorrisos de dois dentes, gargalhadas e braços a abanar. Adormeces no meu colo e sorris. Respiras no compasso da felicidade.

Seis meses de amamentação exclusiva. Conseguimos! És um bebé feliz, sorris a toda a gente porque sim e porque não. Dás as melhores risadas com as macacadas do papá.

E quando penso que o amor não pode ser maior, tu ensinas-me que ele cresce todos os dias. Meu pequeno grande amor.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Toma que é para não seres lontra

Ando há semanas, meses, a querer comer castanhas assadas.
Por um motivo ou outro ainda não tinha conseguido.
Hoje, à saída do AKI lá estava um carrinho e pensei : "É hoje!".
Como a coisa já estava pendente há uns meses, decidi que iria enfardar uma dúzia de castanhas. E lá vieram elas. Quentinhas e (pensava eu) boas.

Abro a primeira : bicho.
A segunda: bicho.
A terceira: bicho.

Resultado: das doze castanhas (sim, o Sr nem deu aquela castanhinha a mais por eu ser uma tipa porreira) 9 tinham bicho. Das 3 sem bicho uma estava crua, outra esturricada e a que se aproveitava estava mole.

Toma que é para não seres lontra.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Update Madalena

Ora então o que se passou desde a última vez que aqui estive? Tanta coisa!

A Madalena está cada vez maior e mais gira (quando eu julgava que isso seria impossível!).

Já tem os dois incisivos inferiores, que servem para morder TUDO o que apanha à frente, seja objecto, animal ou pessoa.

Bate palmas a torto e a direito (chega a acordar muitos dias a bater palmas...o que me faz rir às gargalhadas).

Já diz mamã, papá e olá. Esta última palavra entoa em loop, especialmente quando está perto de pessoas que não conhece. (É muito bem educada a minha filha)

Ainda não gatinha e não sei se lá chegará, pois descobriu que, entre usar objectos para se impulsionar e a rebolar, consegue chegar onde quer! Está feita GI Jane...

Sabe perfeitamente quando está a fazer asneira, mas em vez de parar, lança o seu olhar mais fofo, ri e continua alegremente a fazer porcaria. Estamos tramados...

Continua a ser a bebé mais incrível e maravilhosa da face da Terra e, quando acho que é impossível gostar ainda mais dela, acabo sempre por me surpreender.

Venham lá os próximos 7 meses! ❤️ 


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Regresso a casa

Ora depois de uma semana intensa chega 6a Feira. O início de 2 dias de descanso.
Calhou também ser hoje o dia em que os nossos dois gatos foram à tosquia. Supostamente o Miguel poderia ir buscá-los, mas como eles se portaram particularmente mal a coisa demorou mais tempo e calhou-me a fava.
Porque é que digo fava? Porque teria de o fazer a seguir de ir buscar a Madalena à escola.

Ora então trabalhei, fui buscar a Madalena, ainda foi comigo trabalhar um bocado e a seguir fomos aos gatos.

Chegamos ao Hospital Veterinário e tive de ir com a Madalena buscar as feras, pois decidiram fazer fita e ninguém tinha mão neles.
Lá os fomos buscar calmamente e vamos embora. Eu, a Madalena e duas transportadoras, cada uma com um gato mais possuído que o outro.

Apanhamos trânsito e um trajecto que normalmente demora 2 minutos a fazer passou facilmente a 20, com uma bebé cheia de sono a fazer fita e dois gatos a miar desesperados. 

Chegamos a casa e tive de lavar os gatos (não foi possível fazê-lo no Hospital, devido à triste figura que fizeram) para tirar o pelo solto.

Madalena na espreguiçadeira a assistir a tudo (até palminhas bateu) e siga com os gatos para a banheira. 
Acabo de os lavar e é hora de dar banho à Madalena que tinha bolçado à chegada ao Hospital Veterinário. 
Como sempre portou-se lindamente.

Gatos lavados, Madalena lavada, está na hora do antibiótico.
Entro na cozinha com a Madalena, preparo o antibiótico e, quando estou a sair da cozinha ouço um zumbido.
Olho em volta e vejo uma vespa gigante.
Mando um grito, corro para o corredor (sempre com a Madalena ao colo) e fecho a porta.
Ligo para o Miguel para o avisar do petisco que tem quando chegar a casa, lembrando-o sempre que o bicho está lá mas não é para o matar.

Adormeço a Madalena, o Miguel chega e vamos os dois para a cozinha.
Eu de casaco de gorro, toda tapada, e ele munido de um coador e uma pinça (o que me ri...).
Ele a tentar dar com o coador na vespa enquanto eu gritava:

"NÃO A MAAAAATESSSS!!! AS ABELHAS SÃO ESSENCIAIS PARA O NOSSO ECOSSISTEMA!!"

E isto é um final de dia normal cá em casa. 
Se podia ser diferente? Obviamente que sim.
Se teria tanta graça? Claro que não...

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Crónicas hospitalares #1

Dia 2 ou 3 de internamento.
Eu, a Madalena e o Miguel na sala de leitura da enfermaria de pediatria, a ver a vista (já que a vista do quarto se limitava à Decathlon e do outro lado sempre víamos a serra de Sintra). Olhamos para baixo e, num jardim interior, vemos o que achamos ser um médico a apanhar sol. Pijama cirúrgico e bata branca. Só pode ser 
Estava um lindo dia, é verdade, mas olhando melhor, parecia que o "médico" estava de peito de fora. Hmmmmm... Até pode ser um jardim interior, mas certamente que o "médico" sabia que haveria quem o pudesse ver naqueles propósitos.
Continuamos a ver, para perceber o que se passa.
Sai um enfermeiro para esse mesmo jardim e dirige-se para ele. Será que o ia chamar para uma consulta? Aguardamos.
O "médico" vê o enfermeiro e levanta-se, não sem antes tirar a bata. Ora ao tirar a bata constatamos que tem metade do rabo de fora das calças.
Já começa a ser demais.
Levanta-se. E aí percebemos que está de chinelos. Descartáveis...
Ao dar o primeiro passo perde um dos chinelos. Fica 5 minutos a tentar colocá-lo no pé...

Conclusão : a sala de leitura tem vista para a ala psiquiátrica... 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

É por isto que odeio o Berçário

6 dias.
Foram esses os dias que passámos internadas no Hospital de Cascais graças à última "virose" trazida da escola.
"É assim que criam imunidade!!"
É assim o raio que os parta.
Pegamos nos nossos filhos, criados com todo o amor e carinho, filhos que nunca tinham sabido o que era estar doente, e pomo-los em escolas.
É certo. São bem cuidados.
São acarinhados. Até lhes faz bem a convivência com os outros bebés, tudo bem.
O que não lhes faz bem é ficarem, aos 6 meses, 6 dias fechados numa ala pediátrica à espera de estarem bem para voltar para casa.
Não lhes faz bem fazer os 7 meses num quarto de hospital.
Não lhes faz bem serem picados para tirar sangue para análises e colocar cateteres.
Não lhes faz bem sentirem-se doentes e não podermos fazer mais nada senão aguardar pelo efeito da medicação e enchê-los de carinho.

Agora já passou. Já estamos em casa e em franca recuperação.
Resta enviar um grande beijinho às equipas de enfermagem e auxiliares da ala pediátrica do Hospital de Cascais.
Foram realmente extraordinárias e não só acarinharam a minha filha, como conseguiram levar com o meu mau feitio e raiva nos dias mais complicados, sempre de sorriso na cara. Não deve ser nada fácil, mas conseguiram com que custasse um bocadinho menos andar por lá.

Agora é respirar fundo mil vezes e pensar que o pior já passou.
Já disse que odeio o berçário?...

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Porquê??

Há quem acalme as crianças a cantar músicas infantis. Há quem as acalme com músicas inventadas. Depois há aquelas, como eu, que têm a triste ideia de começar a cantar o "I have nothing" da Whitney Houston, por brincadeira, e agora ter essa música como a única que acalma a filha quando está a fazer birra...

domingo, 1 de novembro de 2015

Dicas para um Sábado de sucesso. Parte 2.

Ora então, depois de acabar o episódio do Mercadito, depois do Gymboree e já almoçada, fui com a Madalena ao Fórum Sintra. O terror dos elevadores.
Estaciono no piso -3 e espero pacientemente pelo elevador.
Saem duas mulheres dos seus 30 anos alegremente.
Entro no elevador com a Madalena no carrinho e uma mulher vem a correr para subir connosco.
O elevador sobe, paramos no -2 e entra outra mulher.
Continuamos a subir e eis que chegamos ao piso -1, abrem-se as portas e aparece um casal com um carrinho de bebé.
Ora as criaturas que partilhavam o elevador comigo ficaram imóveis. Ainda tiveram a lata de sorrir ao olhar para o bebé, as fofinhas.

Passei-me. 

Entrei em modo Mãe louca hormonal e saí-me com um:

"Não acham que já deviam ter saído para estes senhores entrarem? Nem deviam estar aqui dentro, já que é RESERVADO a quem precisa dele. Deviam ter vergonha"

E pelos vistos tiveram. Saíram em silêncio e o casal entrou, com o carrinho.

Mãe louca e hormonal - 1 ; Criaturas egoístas e preguiçosas - 0 

Dicas para um Sábado de sucesso. Parte 1.

É verdade. Ontem fui ao Mercadito mais badalado e visitado da Galáxia e correu bem. Correu mesmo muito bem.
Parece mentira não é? Mas não, foi mesmo assim.
Como é que se consegue uma proeza destas? Fácil!
É só verificar a hora de abertura do evento às 4 da manhã do próprio dia e organizar as voltas:
Saíamos de casa cedinho, dávamos um saltinho no Mercadito e seguíamos para o Gymboree. Perfeito.

Ora toca de pegar no wrap (sim, da última vez que lá fui, muito grávida, vi o horror que era andar a empurrar carrinhos naquele piso ultra irregular, para além dos riscos de poder ser abalroada por alguma selvagem que quer comprar o último fofo a 50€) e lá fomos nós.
Chego a Lisboa e a coisa está calma. Alguns carros em fila para estacionar dentro do local do evento (assumi que seriam da organização), e toca a tentar estacionar o carro na rua.
Qual não é o meu espanto quando arranjo lugar a 20 metros (sim, não estou a exagerar) da porta.
Paro o carro, ponho a Madalena no wrap e lá fomos.
Chegamos ao local e comecei a achar estranho. Muitos stands ainda por montar e quase todos ainda a meio gás. 
"Que horror! (pensei) Gente mais desorganizada! Onde é que já se viu, na hora do evento, isto ainda estar nesta confusão?"

Depois caiu-me a ficha e fui verificar a hora de abertura.
Pois era daí a uma hora. Fui para o local uma hora antes de abrir ao público...
Lá fiquei com a Madalena a passear e foi maravilhoso. Senti-me como se estivesse num preview só para nós. Vi toooooooodos os stands, espreitei o que me interessava, sondei preços e localizei aquilo que queria comprar. Também não era muito.

De repente olho para a entrada e vejo que colocaram uma barreira e está uma fila ENORME de gente para entrar. E nós já lá dentro a passear. Entretanto a Madalena ficou com a moleza de toda esta excitação e adormeceu profundamente no wrap.
Às 10 da manhã as portas abriram, fui a correr aos 3 sítios que queria ver, comprei o que tinha para comprar e às 10.05 estava fora dali.

Maravilhoso hein?

sábado, 31 de outubro de 2015

A Mãe Profissional

Ser Mãe é maravilhoso. É, realmente. É sentir um amor absoluto inexplicável que nos faz repensar todas as prioridades. Mas também é assustador. Muito assustador.
Ora nós, mulheres, que antes já tínhamos a nossa parte de preocupações, juntamos a essa a responsabilidade sobre a vida do nosso filho, a pessoa mais importante no Mundo. Numa primeira fase a preocupação é mesmo mantê-lo vivo. Mal dormimos para verificarmos se está a respirar, quando chora temos de descortinar o que se passa e estamos sempre a pensar se terá comido o suficiente.
À medida que cresce vão-se juntando outras preocupações: o que come? Onde fica quando vamos trabalhar? Será que o vão tratar bem? Será que o estou a estimular o suficiente ou vai ter problemas de desenvolvimento à conta da nossa falta de jeito para isto? Dorme bem? Se não dorme porque é?... E taaaantas outras preocupações (agora já percebo porque é que a minha mãe, 33 anos depois de eu nascer, ainda se preocupa quando eu faço viagens grandes de carro ou estou doente...).

Quando a Madalena nasceu eu pensei (e até julguei que teria bastante lógica) que não haveria pessoas melhores para consultar do que aquelas que já tinham passado pelo mesmo.
Felizmente tive muitas amigas a ter filhos na mesma altura que eu (MUITAS mesmo) e foi óptimo para trocar experiências e dúvidas. Havia sempre alguém que tinha passado por situação semelhante e me fazia sentir menos extraterrestre.
Mas depois há as outras, as Mães profissionais.

O que é uma Mãe profissional? Uma Mãe profissional é aquela que, munida de 1000 estudos, livros e conferências, tem sempre uma palavra a dizer sobre aquilo que as outras Mães fazem.

Dois exemplos muitos simples são o parto e a amamentação.
Ai da mulher que diga que fez cesariana, pois a Mãe profissional, em vez de perguntar se correu tudo bem e se Mãe e bebé estão bem, vai questionar o porquê:

"O teu bebé tinha 4,8 Kgs e estava de lado?... Não percebo porque é que não fizeste trinta mortais encarpados enquanto espalhavas óleo Fula no períneo para ser mais fácil ele sair! Olha que eu tenho uma amiga que pariu um bebé de 5 Kgs que saiu de pés e nem epidural levou... Essa mania das cesarianas..."

Ou então, assim que alguém tem a ousadia de partilhar que vai dar um biberão ao bebé:

"Leite de vaca para um bebééééé??? Não podes gostar dele! Se lhe deres suplemento ele vai crescer e, para além de se tornar um psicopata, nunca vai gostar de mulheres porque não mamou!!".

O desenvolvimento de um bebé é também tema central. Pois se alguém pergunta se é normal um bebé aos 4 meses ainda não dar a volta leva sempre com uma demonstração explícita do que o bebé profissional já faz:

"Não sei se é normal, mas a minha com 4 meses já dava a volta, aguentava-se sentada sozinha e ajudou a preencher o anexo da segurança social do IRS..."


Eu percebo. Há muitos estudos muito interessantes. Há muita informação. Mas NINGUÉM sabe o que é melhor para o seu filho do que quem está sempre com ele.
O que funciona para um bebé não vai certamente funcionar para outros e, se uma Mãe faz as coisas de determinada maneira, é sempre porque já pensou, ponderou, questionou, voltou a pensar e ponderar e decidiu que era assim que iria fazer por ser o melhor para o filho.

Por isso, Mães profissionais deste Mundo, relaxem. Ouçam o que as outras Mães dizem e não questionem. Pensem que é o que elas decidiram fazer com o filho delas, e será certamente o melhor para os dois. Se conseguirem juntar a isto uma palavrinha de apoio então seria perfeito. Não estou a pedir muito pois não?...


terça-feira, 27 de outubro de 2015

Coisas de que gostamos #2 - Sacos de dormir

À semelhança do que a Diana fez AQUI em que aconselhou os wrap Vivi&Me que usamos e gostamos, hoje venho com mais uma dica, neste caso que eu uso - sacos de dormir para bebé.

Não, não decidi enfiar a miúda num saco plástico (embora já o tenha feito no fim-de-semana para fugir à chuva). Os sacos de dormir são, como o nome indica, sacos de dormir... espectacular, não?

Desde o início que a Matilde expulsa vigorosamente tudo o que ouse cobrir-lhe as pernas. Confesso que desde as primeiras noites, os sacos-de-dormir foram a minha salvação. Mesmo para a tirar da cama durante a noite para mamar, evito que apanhe frio. Mudo a fralda mesmo com ele vestido.

Há de Verão, de Inverno, com ou sem mangas, maiores ou mais pequenos, de abrir à frente ou de abrir de lado.

Onde comprar: LaRedoute, Vertbaudet, Ikea etc.
Dica importante: Ter atenção ao TOG - medida que avalia a capacidade térmica do saco - quanto maior for, mais quente será. Na Vertbaudet e na LaRedoute normalmente especificam sempre o TOG nas definições como podem ver na segunda imagem.

Exemplos:





Vale bem a pena, acreditem, e acaba a preocupação com o frio e o destaparem-se durante a noite. Adoooooro!

Se tiverem outras dicas de sítios para os comprar partilhem!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Não me ajeito nada com isto

Eu, Mãe de bebé Primavera/Verão e a apanhar hoje a primeira molha oficial, pergunto-vos Mães mais experientes:

Como RAIO conseguem transportar mala, criança, guarda-chuva e saco das compras sem parecerem um orangotango em dança de acasalamento? (não sei se isto existe, mas se existir será qualquer coisa como a figura que acabei de fazer....)

A sério, expliquem-me. Preciso mesmo de saber...

Chegou a minha vez

Chegou a minha vez.
Sexta-feira regresso ao trabalho (falarei disso depois que agora não me apetece). A semana anterior e esta têm sido de habituação à creche e às novas rotinas. Creche essa na qual, para conseguir vaga, tivemos que passar uma noite em Fevereiro.

Como é que se deixa um bebé de 5meses a alguém que pouco conhecemos?
Como, num país que defende a amamentação exclusiva até aos 6meses, só há licenças de 4 e 5 meses?
Como se acha isto normal e bom? Bom para quem?

Tirando isso as coisas têm estado a correr bem. A Matilde sorri e abana os bracinhos quando vê as educadoras e isso enche-me o coração. Será um mês de alguma ginástica uma vez que é minha intenção manter a amamentação exclusiva até aos 6meses. Duas gavetas da arca cheias de leite materno que venho a tirar com calma desde os 3meses, bomba de leite, mil sacos e saquinhos serão os meus aliados nos próximos tempos. Enquanto conseguir. Se não conseguir segue-se em frente para o plano sopas sem nenhum problema ou stress nisso.

Como foi a vossa experiência em manter amamentação exclusiva e iniciar o trabalho???

Custa mais que tudo deixá-la mas, tudo passa quando vejo aquele sorriso de gengivas na hora de a ir buscar.
Enquanto isso fico aqui, a contar minutos e segundos para ti, meu amor pequenino.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Fomos jantar fora

Ontem o Miguel saía cedo, e como já há algum tempo não fazíamos programa nocturno a três fomos jantar fora.
Cheguei a casa com a Madalena, dei-lhe logo banho e foi já de pijama disfarçado para o restaurante, assim se adormecesse seguia directa para a cama.
O Miguel liga a dizer que está a chegar, nós estamos quase prontas, encontramo- nos os 3 na rua e lá vamos.
Tudo indicava que ia ser uma noite maravilhosa.

Fomos a um restaurante onde costumamos ir com regularidade. Pequeno, perto de casa, comida boa e ambiente familiar.
Perfeito.
Entramos e devido à hora (ainda nem eram 8...) só havia mais uma mesa ocupada. 
Escolhemos uma mesa no fundo, resguardada, e lá fomos.
Tudo impecável.

Escolhemos o que queríamos comer e nessa fase a Madalena começa a ficar impaciente no ovo...os brinquedos não eram suficientes para a entreter e ela começa a dar sinal de querer sair. Não havia cadeiras para crianças no restaurante, por isso vem para o meu colo.

Não sei se já vos contei, mas a Madalena está na fase em que tudo é para agarrar e, no segundo seguinte, meter à boca.
Ora, para evitar desgraças, toca a afastar tudo de perto de mim.
Lá ficamos na palhaçada com ela até chegar a minha comida. Camarão. 
Ia precisar dos 2 talheres para o descascar, logo toca de passar a Madalena para o pai.
Óptimo. Ela ficou encantada.
Começo a tentar descascar os camarões e são daqueles com a pele bem fininha, o que torna a operação bem mais prolongada.

Enquanto tudo isto se processava, na mesa atrás da nossa sentou-se uma família de 3 - avó, mãe muito grávida e neto com uns 3 anos. 
Assim que se sentam a avó pede a password do "ai fai". Para quê? Para por um iPhone aos BERROS à frente da criança de forma a que esta coma a sopa. 
Ok. Não criticamos. Já aprendemos a não dizer "desta água não beberei". Continuamos.

Eu a tentar descascar os camarões e a ficar cada vez mais irritada e o Miguel a passear a Madalena, até que chega a comida dele.
O que fazer? Ora, pô-la no ovo. Óbvio.
Lá vai ela.
Qual é o nosso espanto quando vemos que ela até fica bem.
Dou-lhe a girafa Sophie para as mãos e começamos os dois a comer.

Entretanto na mesa de trás chega a comida. Carne. E a mãe começa a partir a carne em pedaços para o filho. Tudo normal. Ou se calhar não.
A mãe, completamente insensível à ruídos (só pode), esfaqueava o prato violentamente, imitando aquele ruído espectacular de unhas a arranhar um quadro de ardósia. 
Eu sou extremamente sensível a essa frequência e começo-me a contorcer. Felizmente o meu marido é músico e tinha uns tampões no bolso. Lá ponho os tampões nos ouvidos e continuamos a refeição.
Estou eu na minha paz auditiva quando noto que o Miguel está a esbracejar na minha direcção. Olho para ele e tento perceber o que diz:
"A cara da Madalena? Hein?"
Olho para ela e não está vermelha, está roxa de tanta força que está a fazer para nos presentear com um pouco de si.

Tiro os tampões. 
Ouço o Miguel perguntar : 
"Tens aí o saco dela?"
Pois claro que não, estava no carro. Tinha 3 brinquedos, uma chucha e uma fralda de pano atiradas para dentro da minha mala, mais nada
Nesta fase eu ainda estava a meio dos camarões e o Miguel já quase no final do seu prato.

Ora então resumindo, nesta fase tínhamos:

Miguel a jantar sozinho, com uma mulher momentaneamente surda.
Madalena a lançar um cheiro nauseabundo.
Mulher atrás de nós a esfaquear violentamente um prato com música infantil aos berros como pano de fundo.

E eis que o Miguel solta a frase da noite:
"Pois é, já me lembrei porque é que tínhamos deixado de fazer isto..."

Olhámos um para o outro e rimo-nos. Rimo-nos muito. Até percebermos que íamos mesmo ter de ir embora.
Camarões para uma caixa, Madalena ao colo (para não espalmar ainda mais o belo presente) e conta paga a correr no balcão.

Ainda tivemos direito a mudança SOS de fralda no carro, com o Miguel quase a vomitar com o cheiro (ainda não conhecia o cheiro da fase sopa com carne) e eu perdida de riso.

E lá voltámos para casa, uma hora depois de termos saído, meio derrotados mas sempre divertidos.

Valha-nos o bom humor...

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A primeira noite

Desde que a Madalena nasceu pusemos a meta dos 6 meses para a passar para o quarto dela. Supostamente seria uma boa altura, pois não iria ainda notar a transição, fazendo com que esta fosse mais pacífica.
Isto é tudo muito bonito até ter começado a aproximar-se a data.
Nestas últimas semanas comecei a desviar a conversa sempre que o assunto aí ía parar. Fui-me "esquecendo" que ela estava quase com 6 meses e tentando que assim passassem mais umas semanas...
Até que a minha pequena gigante me trocou as voltas. Nos dias que antecederam os 6 meses deixou de caber na alcofa. 
Os primeiros dias anda foram de negação, e acabei por passá-la para a nossa cama onde ficava a dormir a noite toda (logo eu, que sempre disse que NUNCA o faria...) até que deixou de ser solução.
Quando vi que não dava ainda tentei a medida desesperada seguinte: tentar por a cama de grades no nosso quarto (Miguel, quando leres isto não me batas), mas o raio da cama não passou pelas portas...

Rendi-me. 
Chegou a hora. 
La foi para a cama dela.
Passei o dia todo nervosa (que parvoíce, se há um ano ouvisse alguém a dizer isto já lhe teria posto um selo de louca na testa) e acabei por decidir que ia dormir no quarto com ela.

Foi um terror. 
Acordou imensas vezes, muitas só a querer colo. 
Não dormiu ela e não dormi eu.
Segundo dia: fotocópia do primeiro.
"Ah e coiso, isso era porque estavas lá com ela" - até podia ser verdade, mas o primeiro sono dela (até eu me ir deitar) já era lá e eu tinha de lá ir de 15 em 15 minutos porque estava constantemente a acordar.

Ora então tomei uma decisão executiva: volta para o nosso quarto até nos esquecermos deste episódio e mais tarde tentaremos de novo.
Se é didático? Se calhar não.
Se resultou para nós? Claro que sim. A última noite (já passada de volta na origem) correu mil vezes melhor.


Mães que amamentam, elucidem-me, como e quando passaram os vossos filhos para o quarto deles? 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Não tens filhos?? Porquêêêêêê???

A mulher passa toda a vida sob pressão. Quando chegamos à adolescência somos bombardeadas com a típica pergunta: "E então?? Namorados??".
No momento em que o arranjamos vem a fase seguinte: "Então?? Quando se casam??". 
Quem chega à idade adulta sem estar numa relação continua a levar com a pergunta do namorado, mas com a agravante do : "olha que não estás a ir para nova...".

Lembro-me de ter ido ao casamento de uma prima no ano 2000, acabadinha de fazer 18 anos e sem namorado. Fui bombardeada pelas velhotas sobre quando seria o meu dia, e que tinha de arregaçar as mangas porque "já tinha" 18 anos... 

Quando nos casamos ou juntamos, invariavelmente, passamos para o nível seguinte: "Então e bebés?? Não há??".
Eu ouvi esta pergunta (e não, não estou a mentir) 2 minutos depois de acabar a nossa cerimónia de casamento. Nem queria acreditar.

Ter filhos é realmente maravilhoso, mas é também um assunto delicado.
Primeiro porque há pessoas que não querem ter filhos. Ponto. E estão mais que no seu direito de o fazer.
Depois porque há casais que até o querem fazer mas, por algum motivo, não estão a conseguir.  Acho que antes de engravidar e perceber as estatísticas das interrupções espontâneas de gravidez e da infertilidade não tinha noção da dimensão desta realidade. E é sobre isto que quero falar neste post.

As estatísticas dizem que 20% das gravidezes acabam em aborto espontâneo. Essas mesmas estatísticas dizem também que, na verdade, essa percentagem é bem mais elevada (podendo chegar a 40/50%) pois muitas vezes acontece numa fase tão inicial da gravidez que a mulher não chega a perceber sequer que esteve grávida.
Das mulheres que sofrem abortos espontâneos, 50% passam pelo mesmo numa futura gravidez.

Se formos ver as estatísticas de infertilidade apanhamos outro susto.

Ora com estes números podemos facilmente perceber que todos nós conhecemos alguém que passou ou está a passar por uma destas situações.
 
Infelizmente este assunto ainda é tabu. Vai sendo mais falado, mais noticiado, mas muitos casais ainda continuam a passar por isto em silêncio e a responder à incessante pergunta : "Então?? E filhos??" com uma piada de circunstância.

E o que podemos fazer em relação a isto? Simples.
PARAR DE BOMBARDEAR os casais com a pergunta dos filhos. 
A sério. Esqueçam. Mudem de assunto. Falem sobre o tempo, a política, o Benfica, o que quiserem, mas não chateiem mais com este assunto.
Quem sabe se assim não dão espaço a quem precisa de falar para o fazer?

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Coisas de quem tem um blog #1

A minha mãe liga-me. Atendo.
Começa a conversa:

Mãe - Então Diana! Estás melhor??
Diana- Hein? Não estou a perceber.
Mãe - Se estás melhor!
Diana - Mas melhor de quê?
Mãe - Oh, diz lá. Sabes que uma mãe sabe de tudo.
Diana - Oh mãe, isto parece conversa de loucos. Mas estou melhor de quê??
Mãe - Então não estavas cheia de tosse?? Li lá no Facebook que sim!
Diana - Mãe, era a Anita... 


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Mezinhas

O povo português é muito dado a mezinhas. 
Nos anos em que fiz clinica de Pequenos Animais (diga-se cães e gatos) entrei em contacto com uma série delas.
Não havia maleita que uma golfada de azeite boca abaixo não curasse e, caso esta técnica falhasse, vinha o leite logo a seguir.

Desde que a Madalena nasceu já ouvi milhentas sugestões.
Eu sei, vão dizer que funcionam, mas a minha costela científica faz-me ser extraordinariamente céptica.

Assim sendo, por favor expliquem-me as seguintes técnicas infalíveis:

A cebola cortada a meio num quarto - ou o cheiro a cebolão afasta as maleitas ou não consigo perceber o porquê desta técnica.

Um pêlo de lã na testa para os soluços - nem consigo comentar.

Óleo Johnson/Maionese/Azeite no cabelo para piolhos - e a criança passa a chamar-se o "lambidinho" durante semanas...lambidinho piolhoso...

Mais alguma que queiram partilhar?...



O saco de passeio

Os primeiros passeios fora de casa com a Madalena pareciam qualquer coisa como o procedimento antes da descolagem de um avião.
Eu e o Miguel corríamos um sem número de itens essenciais para a ocasião:

-Fraldas? 
- Sim
- Chucha?
- Sim
- Aero-om?
- Tenho dois 
- Muda de roupa?
- Duas que da última vez uma não chegou
- Brinquedos? 
- Sim, o sapo, a girafa Sophie e a coelha
- Manta?
- Sim, a de algodão e a polar
- Casaco?
- Sim, o de algodão e o de capuz 
- O trocador?
- Sim
- Fralda de pano?
- Sim, as três 
- Avental de amamentação?
- Sim
- O boletim de saúde dela?
- Sim 
- A touca?
- Sim, tenho touca e gorro 
- Óculos de sol?
- Sim 

Tudo dentro do saco de passeio dela, em bolsas para ser fácil chegar imediatamente ao pretendido.

Pronto, então vamos lá.
Escusado será dizer que uma hora fora de casa e já fazia falta uma porcaria qualquer que nesse dia nos tinha escapado, tipo soro fisiológico.

Ora passados 6 meses como é que estamos?

Miguel: Diana, tens tudo?
Diana: Sim, bora.

Chegamos ao sítio.
Miúda no wrap e meto a minha mala ao ombro. 

Miguel: Diana, então o saco da Madalena?
Diana: Esquece. Tenho o saco da muda, trocador, fralda de pano, chucha e 3 brinquedos aqui dentro. Acho que há uma muda de roupa algures no carro. De qualquer das maneiras acho que não vai ser preciso. Bora.

Como será daqui a mais 6?...

domingo, 11 de outubro de 2015

Negócios da China #1

Adoro o OLX e os grupos de vendas... acabam sempre por ser um negócio da China! Aliás como a Diana já tinha escrito AQUI...

Compras por 14, vendes por 20. Hey!!


1. Printscreen do olx



2. Printscreen da página do ikea
Semelhanças entre ambas são pura coincidencia obviamente.

Serve isto para dizer que vamos começar a fazer revenda de produtos ikea com uma inflacção de 50%, quem estiver interessado mande mp.