segunda-feira, 27 de junho de 2016

Filme à Mãe

O que é isto de "filme à Mãe"?
Pois é um superpoder que qualquer Mãe privada de sono desenvolve com o tempo.
Como se processa? Simples.

O filme começa. Menos de 5 minutos depois começamos a sentir os olhos pesados. Contrariamos mais outros 5. De repente sentimos que temos MESMO de fechá-los um segundo e quando os abrimos ... SURPRESA!!! O filme já acabou e estamos a tentar perceber como é que isso aconteceu, já que só desviamos o olhar um segundo...

sábado, 25 de junho de 2016

Não me mexam na miúda!

Já disse aqui muitas vezes que não gosto que pessoas que nunca vi na vida toquem na Madalena. Para além disso, não consigo perceber o fascínio.
Nunca toquei em crianças que não conhecia e mesmo nos bebés das minhas amigas só toco ou pego depois de pedir autorização.
Eu sei que eles não são de loiça, mas também sei que eles não conseguem dizer se querem ou não que lhes toquem, e até serem capazes de o fazer cabe-nos a tarefa de os proteger.
Já não tenho dedos nas mãos para contar a quantidade de vezes que tive de pedir a pessoas para não tocarem na minha filha. Pelo contrário, já consigo contar pelos dedos a quantidade de pessoas que acederam ao meu pedido sem se manifestarem.

Ainda hoje, na caixa do continente, eu estava ao telefone com a Madalena sentada no carro. De repente vejo uma mão do além a aparecer do meu lado direito em direcção à Madalena. Só tive tempo de empurrar o carro na direcção oposta de forma a que não a conseguisse alcançar.
Pensei que era suficiente. Não. A mão volta ao ataque e, dessa vez, vi um vislumbre de uma cabeça de uma senhora a aparecer também, a tentar alcançá-la.
Olhei para a senhora e disse : "por favor, não lhe toque" e ouvi de imediato a resposta: "deves achar que eu não lavo as mãos...".
Tive de recorrer às minhas poucas reservas de paciência para não responder. Não contente, a mão do além ainda remata com um : "és muito simpática bebé, vê lá se não cresces e ficas como a tua mãe". 
Continuei na minha vida a fingir que não ouvia, mas não pude deixar de pensar no porquê de esta pessoa (e todas as outras semelhantes) achar que tinha o direito de mexer na minha filha só porque sim.
Desde quando é que as crianças são propriedade pública? Será que esta pessoa acharia normal se eu, na mesma situação, me dirigisse a ela e lhe começasse a tocar só porque sim?
Não me interessa se se lavam em álcool etílico ou se não tomam banho há 1 mês. Não conhece, não toca. Mais simples que isto não há.

No meio desta deambulação dei por mim a pensar que devia mandar imprimir uns bodies ou t-shirts para a Madalena. Ficam algumas ideias de texto:

- NÃO TOCAR, EU MORDO

- TENHO SARNA E GASTROENTERITE

- VOMITO AO MÍNIMO TOQUE

- NÃO QUERO QUE ME TOQUES NEM PRECISO DO TEU CONSELHO

- A MINHA MÃE FAZ KICKBOX E O MEU PAI É POLÍCIA 

- MAS CONHEÇO-TE DE ALGUM LADO?

- TIRA A MÃOZINHA DAI, EU SEI QUE É BOM MAS NÃO É PARA TI


Quem sabe? Ainda faço disto negócio...

sexta-feira, 24 de junho de 2016

O meu parto

Quando se escreve sobre bebés há sempre um manto cor de rosa a cobrir os textos. Eu acabo por fazê-lo com muita frequência.
Ninguém nos prepara para a intensidade deste amor. Ouvimos as amigas com filhos a falar sobre ele, quando estamos grávidas tentam-nos explicar mas só sabemos o que isto é quando o bebé nasce. Sentimos uma bofetada bem dada de amor que nos deixa atordoadas para o resto da vida e, sem sabermos bem como, esse amor que já achávamos ser impossível de superar aumenta de dia para dia.
Incrível isto não é? 

Pois hoje vou deixar um pouco de parte esse manto e falar de uma forma honesta sobre um momento que, ainda hoje, me é sensível de falar: o parto da Madalena.
Falo desta forma porque sei que há mais Mães que passam pelo mesmo e quero que saibam que não estão sozinhas.
O parto não foi, por si, traumático. Não estive 4 dias em trabalho de parto. Ela nasceu super saudável. Eu não tive qualquer tipo de complicação. Mas digo, com toda a convicção, que odiei o parto.

Ao contrário de tantas grávidas que receiam o parto normal (normal e não natural. Sempre o quis em ambiente hospitalar e com todas as drogas a que tinha direito), este sempre foi o meu objectivo.
Informei-me, fiz cursos, fiz um plano de parto e estava mentalizada que seria esse o caminho.

Ora a vida encarregou-se de virar tudo do avesso e, às 37 semanas de gravidez, devido ao tamanho dela e posição foi-me dito que o parto normal seria quase impossível.
Chorei muito. Chorei na ecografia, chorei à frente da obstetra quando ela me disse que achava o mesmo e chorei em casa, desolada e desencantada pois uma cesariana nunca foi sequer opção.
Depois de esgotar as lágrimas decidi agir. Fui-me munir de mais informação, agora com os novos dados que tinha e pus mãos à obra.
Andei dezenas de quilómetros, subi e desci centenas de degraus, fiz agachamentos, fiz exercícios no tapete que podiam fazer com que ela se posicionasse de uma forma mais favorável.
Nada. Continuava tudo igual e ela a ficar maior de dia para dia.
A poucos dias das 40 semanas e já com a Madalena gigante fui à consulta e a minha médica disse que tinha de marcar cesariana, e quanto mais cedo melhor. Voltei a chorar. Falei com o Miguel, que sem a influência hormonal teria uma opinião mais racional e lá marcamos uma data, já depois de fazer as 40 semanas.
Apesar de saber que a possibilidade de entrar em trabalho de parto espontâneo era quase zero ainda insisti esses últimos dias, mas nada.

No dia da cesariana lá fomos para o Hospital. E eu continuava a chorar. O Miguel tentava-me animar a contar piadas mas estava desolada.
Dei entrada, subi para o quarto e lá esperei até ser levada para o bloco. 
Como estava num Hospital particular a presença do Miguel na sala nem sequer foi questão, porque para mim nem fazia sentido a Madalena nascer e ele não estar ao meu lado.
Entrei no bloco a chorar, levei a epidural a chorar e pedi para baixarem os panos quando ela nascesse, numa esperança vã de aproximar aquela experiência ao máximo à de um parto natural. Pedi também para, caso fosse possível, ter logo a Madalena no meu colo assim que nascesse.
A Madalena lá nasceu e foi levada pela pediatra pois teve de ser aspirada para respirar, e já só a trouxeram vestida. 
Ali estávamos nós, já os 3, eu naturalmente feliz mas não com a felicidade que julgava sentir.
Apesar de eu estar bem e ela também, sentia que tinha falhado. Que tinha falhado tanto quanto mulher como quanto Mãe. 

Como se as coisas não tivessem já fugido o suficiente ao meu controlo,12 horas depois de nascer, quando finalmente estávamos sozinhos no quarto e a começar a interiorizar e aproveitar a vida a 3, a Madalena sufocou com líquido amniótico e deixou de respirar (teve de ser aspirada e fazer lavagem gástrica), coisa que acontece com mais frequência em bebés nascidos por cesariana. 

Juntamos a este cocktail um hospital com uma equipa de enfermagem que não só me deixou ter imensas dores sem necessidade, como sabia menos de amamentação do que eu sei agora.

Eu sei que as Mães que tiveram partos realmente complicados podem ler este texto e achar que não sei o que digo. Consigo perceber isso, mas esta é a minha experiência e foi assim que me senti e sinto. Falhar num momento tão importante e que nunca se vai repetir é assoberbante e acompanha-nos durante muito tempo.

Agora é voltar a pegar no manto cor de rosa e curtir a filha maravilhosa e incrível que esta experiência me deu ❤️.



quinta-feira, 16 de junho de 2016

Dentes e mais dentes

Tenho a Madalena atrapalhada com o nascimento de dentes. Infelizmente ela não é bebé de passar alegremente pelo nascimento dos mesmos sem sofrer, mas também não fica com febrões.
Fica irritada, tem dores, luta para comer e só quer colo e mimo.
Hoje o jantar foi um terror. Depois de insistir poucas vezes (não gosto de insistir com a comida) acabei por desistir de lho dar.
Estava já pronta para a levar para a cama quando o Miguel se lembrou que tínhamos gelado de manga (com polpa fresca e água) feito para ela no congelador. 
Perguntei à Madalena se queria um gelado, ela disse imediatamente que sim, e lá veio ele.
Foi um sucesso!
Para já acabou por comer mais qualquer coisa e o frio aliviou (e muito) as dores com que estava.


(acho que o ar medonho do pijama reflecte as tentativas infrutíferas de a alimentar, e também as tentativas bem sucedidas da Madalena a utilizar o gelado como pincel...).

Fica a dica para os pequeninos atrapalhados com o nascimento dos dentes.
Saudável e tão saboroso!  

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Picos de crescimento e saltos de desenvolvimento

Quando estava grávida tentei munir-me de toda a informação que encontrava.
Li e pesquisei muito sobre o parto, sobre a amamentação, sobre a recolha de células estaminais, sobre o puerpério...basicamente tudo aquilo que encontrava.

Por falta de experiência, conhecimento e disponibilidade de informação, acabei por não me informar sobre os picos de crescimento e saltos de desenvolvimento, o que me valeu algumas chatices.

Para que não passem o mesmo que eu e, logo desde o nascimento, compreendam bem as oscilações do comportamento do vosso bebé deixo-vos esta informação, que para mim foi essencial.

Picos de crescimento:


O que são? Pois pela própria definição da palavra, são fases no desenvolvimento do bebé em que há um crescimento mais rápido. O bebé cresce, ganha peso e aumenta o perímetro cefálico num curto espaço de tempo e como é que isto se manifesta? Antes de mais nada pode não se manifestar, há bebés (os chamados santos) que passam incólumes por estes picos.
Nos bebés que demonstram sinais, estes são geralmente dois: aumento notório do apetite e alterações do sono.
Porque é que isto é importante? Muitas vezes os picos de crescimento são confundidos pelas Mães por incapacidade de produção de leite, pois se o bebé está sempre a pedir para mamar certamente será por não terem leite suficiente.
Não. O que se passa aqui é que a mama, que estava adaptada a uma produção X de leite, tem de produzir 2X ou 3X. O bebé, ao aumentar a frequência das mamadas vai estimular essa produção extra de leite e, em alguns dias, adapta a produção à sua necessidade.

Este quadro faz referência às alturas mais comuns para o aparecimento destes picos:






Saltos de desenvolvimento:



Já os saltos de desenvolvimento referem-se à consequência da aquisição de novas capacidades do bebé, sejam elas motoras, cognitivas, na linguagem ou sociais.
Essas novas capacidades alteram o sistema perceptivo e cognitivo do bebé e podem fazer com que este se sinta inseguro, tendo mais necessidade de colo e proximidade física.
Nestas fases os bebés podem apresentar alterações na alimentação e no sono e, como já foi referenciado, uma maior necessidade de colo e afecto.


As alturas mais comuns para o aparecimento destes saltos encontram-se neste quadro:






Nos meses em que coincidem picos de crescimento e desenvolvimento (3 e 6 meses) as crises podem ser mais notórias e difíceis de ultrapassar. Mas com paciência e muito mimo rapidamente o bebé volta ao seu ritmo normal.


Por isso Mães,confiem em vocês e no vosso instinto.
Utilizem esta informação para vos orientar e não desesperem. Vai correr tudo bem.



domingo, 12 de junho de 2016

O aniversário que virou casamento...

Já há uns tempos que andava a preparar uma enorme surpresa. O aproximar do primeiro aniversário da Matilde pedia um festão em grande... Mas nada fazia prever (aos convidados) o que ali vinha... mas vamos por partes, primeiro a festa!

Escolhemos um espaço maravilhoso, a Quinta do Marquês em Alcabideche (mais que aconselho a todas, aliás, já a festa da madalena tinha sido lá) com um relvado enorme e uma cama elástica que fez a alegria dos mais pequenos.

O tema que escolhemos foi 'balões de ar quente' com a máxima "o tempo voa quando somos felizes"... imaginei toda uma imagem para a festa, convites, fiz um cenário que mandei imprimir na pixartprinting em mega promoção e ficou baratíssimo e um amor...

Bolo mais querido da Have some sugar 

Enviei o que tinha feito de convites/cenário para inspiração e a Have some sugar fez este bolo para lá de espectacular e delicioso... dois andares, cada um melhor que o outro.








O convite:


Ficou tudo tããããããão giro!!

A pouco e pouco os convidados foram chegando... a festa foi-se montando e a boa disposição pairava no ar.

Coroa da Matilde da Bordado a cores

Chegada a hora de cantar os parabéns reunimos toda a gente na sala... mas, antes de se acenderem as velas, abriu-se uma porta... convidámos, então, as pessoas a dirigirem-se à sala ao lado...


... onde era este o cenário que esperava por elas. Ao fundo, na mesinha, a simpática senhora da conservatória, ladeada por bancos corridos e arranjinhos de flores! Foi então que todos perceberam que íamos casar!!! Assim! Sem mais nem menos, sem ninguém saber... Desta forma simples e verdadeira como o amor deve sempre ser.

Ninguém sabia de nada... tudo o que vos possa dizer que ali se viveu fica muito aquém do que realmente foi. A Matilde dava gargalhadas de felicidade, nós não podíamos estar mais felizes. Nunca imaginei nada mais perfeito!

Deixo-vos com uma imagem que resume tudo... este sorriso, este amor...


... e sim, foram felizes para sempre!

Aguardo as maravilhosas fotos oficiais do Pau Storch!!! Mal posso esperar <3

sábado, 11 de junho de 2016

Consulta do sono - update

Como escrevi neste post, numa tentativa de melhorar os hábitos de sono da Madalena e consequentemente recuperar  minha sanidade mental, fomos a uma consulta com a Terapeuta Constança Cordeiro Ferreira.

Na semana seguinte a Madalena dormiu 7 horas seguidas. 7 horas.
Uma bebé que costumava acordar de hora a hora.
Fiquei super contente, mas confesso que tive algum receio de que fosse sorte. Que ela voltasse a acordar de hora a hora a qualquer momento.
Passado um mês posso dizer que não.
A Madalena está a acordar uma a duas vezes por noite.

Se isto é bom? 
É espectacular. 
Se já recuperei a minha sanidade mental?
Ainda não, foi mais de um ano sem dormir e isto vai ser um processo, mas já voltei a sonhar. (Parece absurdo dizer isto, mas os meus sonos eram tão curtos que Já não o fazia).

E isto tudo apenas com mudanças muito subtis (mas tão importantes) na nossa rotina.
Tanta vez ouvi que a culpa de ela acordar de hora a hora era minha, por ainda lhe dar mama e ela estar "viciada".
Pois aqui estou eu, ainda a amamentar e com uma bebé a dormir tão bem.

Há espaço para melhorar, claro que sim, e é por isso que próxima semana lá estaremos para uma consulta de acompanhamento.

Por isso, Mães que não dormem, há esperança. Só é preciso pedir ajuda ❤️

quarta-feira, 8 de junho de 2016

2000!

Que loucura.
Quando começámos nesta aventura nunca nos passou pela cabeça que haveria tanta gente interessada nas nossas aventuras e desventuras.

Muito obrigada por estarem desse lado e nos acompanharem nesta loucura que é a maternidade!

Para comemorar este número decidimos aliar-nos a uma marca que nos é muito querida, a With Love (https://www.facebook.com/withlovebysofia/?fref=ts), e oferecer-vos uma prenda amorosa!

Nada mais nada menos que as ardósias mais giras que por aí andam!


Para além de terem padrões giríssimos, estas ardósias são maleáveis, cabem em qualquer mala e os miúdos adoram.

O que têm de fazer para poderem ganhar esta ardósia? Simples!
Colocar um gosto na página da With Love (https://www.facebook.com/withlovebysofia/?fref=ts)
Colocar um gosto na página 007 Licença para Bolçar (https://www.facebook.com/007licencaparabolcar/)
Identificar 3 amig@s no post do passatempo!

Simples não é?

Então toca a participar!!!
As participações são válidas até ao final do dia 12 de Junho e no dia 13 daremos os resultados. Boa sorte!!