terça-feira, 30 de agosto de 2016

O fim das férias

Dizem que o que é bom acaba rápido, e nunca fez tanto sentido como nestas férias. 
No ano passado a Madalena ainda era muito pequena, por isso não aproveitámos o Verão. Já este ano a coisa foi diferente. Fartámo-nos de passear e foi bom. Foi muito bom.
Mas acabou. Ontem foi o meu primeiro dia de trabalho e custou. Depois destas semanas em que estivemos juntas 24h por dia a primeira separação foi difícil. 
Sai de casa chorosa e dei-me autorização para chorar o que tinha para chorar até Lisboa, onde tinha uma reunião. Fiz a A5 em prantos e, assim que parei o carro entrei em modo trabalho. Foquei-me no que tinha para fazer e o dia até passou depressa.
Hoje custou novamente, e vai custar sempre, mas sei que ela está bem entregue e feliz, e é isso que me acalma e permite trabalhar descansada.

Parte boa: o sorriso de boca aberta e abraço apertado que recebo ao chegar a casa. 
Já disse que tenho a filha mais fofa e maravilhosa à face da Terra?


sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Praia

A Madalena adora ir à praia. Assim que chegamos perto começa logo aos gritinhos e, mal ponho o pé na areia, salta do meu colo para o chão a querer brincar e correr.

Ela adora areia (come aos quilos), a água, as ondas, as crianças, mas, acima de tudo, adora roubar tudo aquilo que os outros miúdos tenham.
De início ficava muito atrapalhada e pegava nela ao colo no momento. Para evitar as tentativas sucessivas de roubo comprei-lhe um arsenal invejável de tralha da Imaginarium (adoro os artigos de praia deles), mas nem assim. Tem 5 pás diferentes, 3 ancinhos, 2 baldes, 2 regadores,  inúmeras formas, bonecos e bolas, mas nunca lhe serve.

Neste momento já desisti. Peço desculpa, explico a sua costela de ladra e, felizmente, ouço sempre o mesmo das outras Mães. Parece que é mal geral os brinquedos dos outros serem sempre melhores que os nossos (mesmo quando são IGUAIS). Acabo por levar o arsenal de tralha da Madalena para partilhar com a vítima de roubo. Assim ficam todos contentes.

Sei que o Verão está a acabar, mas também acaba por ser uma boa altura para comprar os artigos, já que está tudo muito mais barato! 
Deixo-vos imagens de algumas peças do nosso kit, e de outros que achei amorosos mas ou estavam esgotados, ou já eram demais.


O balde. Enorme, resistente e super giro.


O regador. Giríssimo e com o tamanho certo para a Madalena.




O conjunto novo de pá/ancinho que ela adora porque tem os peixinhos a nadar no meio.


As formas. Têm mais (e nós também) e estão baratíssimas.



A mochila. Uma das ultimas compras (juntamente com o conjunto pá/ancinho de cima e o kit bolos) e que compra! Tem imenso espaço e por baixo tem rede, para sair a água toda. Agora quando saio da praia/piscina ponho lá também o fato de banho dela. Está também muito mais barato agora.


O kit de bolos. Um amor. Tem um balde, uma forma, os dois pratos e colheres, uma espátula e duas velas (que escondi por serem demasiado pequenas). Os morangos na base do balde e forma são adorados pela Madalena, que volta não volta tenta comê-los.



Este conjunto já não consegui comprar. Estava esgotado. A Madalena encontrou uma menina que o tinha e foi o sucesso. Próximo ano tento apanhá-lo! 


A cozinha de praia. Havia na loja mas achei demais para a idade dela. Se fosse mais velha não escapava. Ainda por cima agora que está a quase metade do preço!

Espero que gostem das dicas e, se me cruzar convosco numa praia por aí, ficam já as minhas desculpas pelo que a Madalena vai roubar aos vossos filhos... 😉


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Oi?

Ouvido num restaurante.
Pai com filho de 3/4 anos. Miúdo agitado, mas nada de especial.
O pai agarra-o, põe-no à sua frente e pergunta, de rajada:

"Queres água?
Queres apanhar?
Tens pila?"


Oi?...

sábado, 20 de agosto de 2016

Alimentação infantil

Hoje à hora de almoço aconteceu um episódio caricato.
Estava a escolher um peixe para a Madalena almoçar e perguntei quais eram os peixes de mar. O senhor do restaurante lá assinalou umas douradas com muito bom aspecto e eu pedi uma pequena, explicando-lhe que era para a minha filha.
Ele olha para mim e diz:

"É para a sua filha?! Já podia ter dito! Para ela tenho douradinhos ou panados de frango com batata frita e arroz".

Eu gelei. Só consegui dizer que ela iria comer o peixe, escolhi os acompanhamentos e sentei-me.

Eu sei que sou muito picuinhas com a comida dela. Come tudo biológico, ainda sem sal, sem açúcar e confeccionado quase sempre em casa. Mas daí a achar estranho dar peixe a uma criança de um ano e sugerir comida nada saudável vai uma distância demasiado grande. 

Felizmente as mentalidade mudam, e cada vez mais os pais se preocupam com a qualidade da alimentação dos filhos, mas ainda existe muito desconhecimento sobre as porcarias que ainda se vão dando a crianças, e como isso vai influenciar depois os seus hábitos alimentares no futuro.

Eu sei que a Madalena há de ir a festas de aniversário e comer porcarias. Faz parte. Mas quero que isso seja a excepção e não a regra.
Fundamentalmente quero ter a certeza que fizemos tudo para que ela siga uma alimentação saudável no futuro. O resto só depende dela. 




 

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Protecção solar

Nos tempos que correm e com a informação disponível, é normal que este seja um assunto importante. Cada vez há mais casos diagnosticados de cancro da pele e, vivendo num país solarengo como o nosso, temos de saber como podemos defender os nossos filhos.
Sabiam que uma queimadura solar na infância duplica o risco de mais tarde se desenvolver um cancro de pele? 

A protecção solar parte não só dos produtos aplicados na pele, mas também da exposição adequada ao sol. 
As crianças devem evitar exposição solar entre as 10.30/11.00 e as 17.00/17.30. 
Estar à sombra, por baixo de um toldo ou na relva pouco ajuda, é necessário ter em atenção o reflexo dos raios na praia (20%), na água e na relva (5%). 

Para além disto, e sempre que há exposição solar, deve-se utilizar um creme/spray protector, que deve ser aplicado sempre com antecedência e repetido com frequência. 
Existem dois tipos de filtros solares: os filtros químicos e os filtros físicos (também chamados minerais).
Qual a diferença entre os dois? Simples. Os filtros físicos/minerais são partículas derivadas de metais, ou óxidos metálicos, que reflectem ou dispersam os raios solares. Não são absorvidos e actuam à superfície da pele. Os filtros químicos são absorvidos pela pele e, por sua vez, absorvem a radiação.

As crianças até aos 3 anos devem utilizar protectores solares com filtros físicos/minerais. 
Não só têm uma maior durabilidade que os químicos, como também, ao actuarem apenas à superfície da pele, diminuem o risco de alergias. 
Para além disto, os próprios queratinócitos das crianças, pela sua imaturidade, não conseguem fazer a reacção química necessária à utilização total do filtro químico, logo há perda de eficácia.

Por isso, próxima vez que comprarem protector solar já sabem, mesmo que vos digam que é adequado para o vosso bebé certifiquem-se que sim!

Boa praia!!

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Contradições da maternidade

Ser Mãe nos dias que correm é complicado. Já nem falo do enorme trabalho que ter, educar e cuidar uma criança dá, esse ainda é o menos. Falo sim das expectativas irreais que são postas nas Mães, fazendo-as crer que tudo o que fazem está errado.

Dar de mamar é coisa para se fazer em casa e durante pouco tempo, mas dar biberão é desapego.
Dar espaço à criança é desinteresse, andar com ela ao colo é exagero.
Deixar a criança chorar no quarto é cruel, adormecê-la ao colo é mariquice.
Ralhar com a criança é maldade, não dizer nada é desleixe.
Andar com a criança para todo o lado é absurdo, deixá-la com alguém para sair é não querer saber.

Basta. 
Ninguém melhor que uma Mãe sabe o que funciona para si e para o seu filho, e por isso não devemos julgar. 
No final do dia queremos todas o mesmo: que os nossos filhos sejam felizes, e é para isso que trabalhamos.

Um grande beijinho a todas vocês, Mães, e continuem o bom trabalho! ❤️


sábado, 13 de agosto de 2016

Voltar onde fomos tão felizes

Sou defensora acérrima de que devemos voltar onde já fomos felizes. A experiência nunca será a mesma, mas muito dificilmente a coisa poderá correr mal.
Neste espírito este ano decidimos voltar ao Hotel Lago Montargil & Villas. Já lá tínhamos estado no ano passado, tinha a Madalena quase 4 meses e adorámos.
O hotel, as pessoas, os quartos, as piscinas...tudo correu bem. Para além disso tivemos a sorte de conhecer um casal incrível com um filho quase da mesma idade da Madalena, o que também ajudou a tornar os dias ainda mais divertidos. 

Este ano voltámos já com uma bebé mais crescida. Ela, que no ano passado não percebeu bem o que se passava, este ano adorou. Todas as manhãs assim que punha os pés no chão corria para a varanda e gritava "Bebééééééé!!!", a pedir para ir para a piscina brincar com os amigos. A coisa foi de tal maneira que hoje, quando lhe perguntei se queria voltar para casa, ela juntou um abanar de cabeça incisivo a um "nã nã nã nã nã nã nã nã nã" bastante efusivo.

O facto de este ser um hotel muito baby friendly ajuda. Apesar de estar com a lotação esgotada, nunca o sentimos durante toda a estadia. Com várias piscinas dispersas em zonas diferentes do hotel, havia muito espaço para todos.
Acabámos por passar a maioria do tempo na piscina dos bebés, que tinha ao lado outra piscina já para adultos, mas com pé em toda a área, de forma a ser possível também levar para lá os pequeninos. Ao lado da piscina dos bebés há um espaço relvado com sombra, óptimo para as brincadeiras fora de água e para fugir do sol.
Os quartos são óptimos, espaçosos, modernos e com umas cortinas blackout dignas do nome. Para mim foi ouro sobre azul, porque a Madalena só adormece no escuro.
O restaurante buffet, onde tomávamos o pequeno almoço e jantávamos tem imensa variedade, e empregados extremamente simpáticos e prestáveis, que não olhavam de lado para mim quando, ao pequeno almoço, lhes dava um ovo (biológico) para a mão e pedia para o mexerem, sem sal. 
A Madalena fartou-se de fazer amigos e esteve extraordinariamente feliz durante todo o tempo. 
Para o ano esperamos voltar! 












sábado, 6 de agosto de 2016

Os selvagens da praia

Hoje tivemos um final de dia de praia incrível. Chegámos às 6 e picos, com muita gente já a sair e bastante mais espaço que tínhamos apanhado de manhã.
A Madalena estava radiante. Correu, brincou, comeu areia, fez castelos de areia, buracos, correu para a água e fartou-se de mergulhar comigo.
O dia teria sido idílico se não fosse um pequeno episódio que me deixou verde.

Estava a entrar na água com a Madalena, de mão dada, e estão uns miúdos a atirar água uns para os outros. O pai vê-nos e manda-os parar. Eu agradeci e avancei. Eis que, nessa altura, a avó decide que é boa altura de atacar os netos e empurrar um lençol de água para cima deles, que acabou por ir todo para cima da Madalena. Ela apanhou um susto incrível e veio para o meu colo a chorar. 
A senhora achou imensa graça e riu-se da situação.
Eu passei-me. Só consegui dizer:

"Por amor de Deus minha senhora. Ainda se ri do que fez? Tenha juízo".

E virei costas. A Madalena acalmou muito depressa (um minuto depois já estava a correr pela praia) e a senhora, com idade para ser quase minha avó, passa por mim e desvia o olhar. Não foi capaz de pedir desculpa pelo que fez.

Amanhã lá estaremos outra vez, agora com o Miguel. Se a voltar a ver acho que vou encomendar uma amona...

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Filha mais fofinha não há

Esta miúda é terrível.
Quando julgo que já todas as células do meu corpo a amam incondicionalmente, ela dá-me a volta e arranja maneira de gostar ainda mais dela.
Adormeci-a há pouco. Como nos últimos dias deu luta, mas sempre na brincadeira. Pediu para ir para a cama, saltou, riu, pediu colo, pediu novamente para ir para a cama, saltou mais um bocado e continuou a rir. Quando começou a sentir o cansaço agarrou no meu dedo e ameaçou morder. Pedi-lhe para não o fazer, porque assim magoava a mamã, e disse que em vez de morder podia dar beijinhos.
Ela tira o meu dedo da boca e começa a dar beijinhos no dedo. Deu-me beijinhos no dedo, na mão, no pulso, no braço e pediu para vir para o colo.
Assim que chegou continuaram os beijinhos: no pescoço, na bochecha, no queixo, na boca, no ombro até se aninhar para mamar e apagar.
Pu-la na cama e ainda lá está, a dormir profundamente e eu aqui de coração tão tão cheio que transborda.
Minha querida querida filha, obrigada por me fazeres sentir tão feliz ❤️❤️