Coisas de quem tem ou não filhos

Quem não tem filhos come, quem tem filhos enfarda

Quem não tem filhos dorme, quem tem filhos falece à primeira oportunidade

Quem não tem filhos toma banho, quem tem filhos passa-se rapidamente por água

Quem não tem filhos acha um horror demorar um minuto a encontrar a chave do carro na mala, quem tem filhos reza para que, durante esse processo, a mão não toque em géneros alimentícios meio mastigados e toalhetes com fluidos corporais de origem desconhecida

Quem não tem filhos vai ao cinema, quem tem filhos fica cerca de 3 dias a tentar ver aquele filme que tem gravado há quase 2 meses na box

Quem não tem filhos mostra orgulhosamente o novo corte de cabelo, quem tem filhos tenta descobrir qual a melhor maneira de o agarrar de forma a não apanhar com qualquer tipo de secreções 

Quem não tem filhos trauteia as músicas mais recentes, quem tem filhos involuntariamente começa a cantar a música de um dos brinquedos 

Quem não tem filhos fala do novo restaurante/discoteca onde foi, quem tem filhos discute a cor e consistência do último cocó bem como o que constou nas últimas refeições 

Quem não tem filhos vai à casa de banho sozinho, quem tem filhos tem sempre companhia, muitas vezes a querer ficar no colo porque ali é que é bom

Quem tem filhos sabe de tudo isto (e tanto mais!) e não o trocava por nada, porque é realmente a melhor coisa do mundo 

Ouvido nas urgências

Numa das muitas vezes que já fomos às urgências com ela nestes últimos dias a pediatra deu-me um benuron supositório para a Madalena, porque estava a fazer um pico de febre.

Dispo-a, abro o supositório e ouço:

"O foguetão entra ao contrário!"

Distraída respondi: 

"Desculpe, não estou a perceber"

A pediatra insiste, apontando para a minha mão:

"O foguetão entra ao contrário!"

(De notar que eu já estava a aplicar o supositório dessa maneira)

Aí percebi:

"Ah! Está-me a dizer que o supositório deve ser introduzido pela extremidade mais larga e não pela pontiaguda? É como o costumo aplicar, obrigada".

Porque é que insistem em falar com as Mães como se tivessem um déficit cognitivo?...

Coisas que acontecem quando se tem um filho doente há quase uma semana:

1- um pouco de vómito e/ou diarreia na nossa roupa não são motivos suficientes para a mudar imediatamente

2- o cesto das fraldas esvazia-se por milagre a cada 4 horas

3- em contrapartida o cesto da roupa suja transborda durante esse mesmo período de tempo

4- sair de casa só se justifica se for para ir ao médico e, mesmo nessa situação, nunca sair com menos de 3 mudas de roupa

5- começar a noite com 3 chuchas de reserva na mesa de cabeceira e acordar com uma chucha na mão e outra presa nos dentes e não nos lembrarmos porquê

6- um top, leggins e um cobertor fino atado ao pescoço tipo capa para aquecer os ombros parecem uma opção viável para andar em casa

7- tomar banho a rir, porque daí a cinco minutos parece que não se vê água há semanas

8- saber melhor quais as farmácias de serviço do que as notícias da última semana

9- pôr as mãos em concha para apanhar vómito é um acto natural. Antes isso que lavar o tapete pela décima vez

10- pensa-se seriamente na possibilidade de forrar a cadeira do carro com plástico. Isso ou trocar a roupa dela por um saco do lixo apertado nos tornozelos.

E estás tão cansada porquê??

Ora hoje decidi fazer um exercício diferente.

Durante 35 minutos, em vez de andar atrás da Madalena a apanhar o rasto de destruição deixei ficar para ter uma noção da dimensão da coisa.

TRINTA E CINCO MINUTOS. Não foram cinco horas.

Seguem as provas do crime:

Convém dizer que tudo o que foi atirado/arremessado para o chão estava previamente arrumado.

Por isso próxima vez que uma Mãe vos disser que está cansada, em vez de julgarem dêm um abraço.

Ou ofereçam-se para arrumar!

Como sobreviver ao supermercado

A Madalena não para quieta. Nunca. Nem a dormir.

Agora que já anda (e sabe que o faz) anda num misto entre querer andar de mão dada e só querer colo, em ciclos que podem ser de 5 minutos ou 30 segundos.

Se juntarmos a isto a excitação em que fica quando vê coisas novas acho que conseguem perceber como têm sido as idas ao supermercado.

Já a tentei sentar no carrinho e ela adora, aí durante 2 minutos, até pedir para ir para o colo. 

Nas duas últimas visitas a supermercados consegui arranjar uma solução que, até agora, me permite cerca de 5 minutos de sossego. Parece pouco não é? Em tempo de Madalena equivale a umas 3 horas.

Sempre de pé, a rir-se para toda a gente com que se cruza. 

E que feliz que ela vai!

Roupa para que te quero #9

Já estava há alguns dias sem publicar o look, fruto das manhãs passadas a correr. Hoje despachamo-nos mais cedo e já deu para a fotografia!

Vestido - Zara

Collants - Zippy 

Casaco de ganga - Primark

E já é 5a Feira!!

11 meses de Madalena

Esta é uma semana de muita comemoração.

Ontem celebrámos os 11 meses da Madalena e amanhã é dia de aniversário de casamento.

Confesso que não estou preparada para comemorar o aniversário da Madalena daqui a um mês. Digo a toda a gente que próximo mês ela faz 6 meses e assim será daqui para a frente. Conto que ela chegue à primeira classe com 4 meses.

Este mês foi um mês de grandes mudanças. A Madalena já dá muitos passos sozinha. Fica de pé, estática, calcula a distância e se achar que consegue lá chegar vai. Caso contrário cai de rabo e vai a gatinhar.

Os incisivos superiores estão a sair e ela está a passar um mau bocado. Anda mais irritada e as noites são complicadas. Mas há de passar.

Continua a rir muito. Qualquer parvoíce serve para ela rir às gargalhadas. E que gargalhadas tão boas que ela dá.

Adora o eco nas escadas. Quando subimos ou descemos começa a gritar "OLÁÁÁ!!" e ri-se imenso ao ouvir o som de volta.

Dá abracinhos e beijinhos. Os beijinhos são de boca aberta a apanhar meia bochecha e são maravilhosos. Os abraços são com a cabeça apoiada no nosso ombro e têm o poder de acabar com qualquer maleita que nos atormente.

Já sabe perfeitamente quando está a fazer asneira. Olha com cara de riso enquanto as faz e, quando ouve o não, tira a mão a rir e passados 2 segundos volta ao ataque. Mesmo nestes momentos continua a ser um amor.

Cada dia gosto ainda mais um bocadinho dela (quando isso já parece impossível há tanto tempo...) e estou a adorar vê-la crescer.

É a minha bebé linda e fantástica de 11 meses, quase 6...

Como vencer brinquedos demoníacos - lição número um

A Diana já aqui falou do flagelo que são estes bonecos da Chico...

...que começam a tocar música desenfreadamente ao mais pequeno movimento e que, espantem-se, não tem botão para desligar.

Pois bem.. Cá por casa temos um aparentemente inocente mas igualmente demoníaco que dá pelo nome de "fruta musical".

As palavras que se seguem são de encorajamento e quiçá algum conforto na forma de um abraço caloroso de quem partilha as vossas dores.

Passos básicos para enfrentar (e vencer) bonecos demoníacos:

1. Olhar o inimigo nos olhos...

2. Arranjar uma chave de fendas adequada

3. Tirar os parafusos e as pilhas

4. Atirar as pilhas para bem longe (que é como quem diz no pilhão mais longe)

5. Oferecer o brinquedo à cria

E os vossos dias nunca mais serão os mesmos.

Festas infantis

No ano passado houve um babyboom entre as minhas amigas. De um momento para o outro parecia que tudo estava grávido e agora estamos a começar a volta dos aniversários.

Não vou falar da festa da Madalena, porque ainda não estou psicologicamente preparada para pensar que ela está a pouco mais de um mês de fazer um ano, mas vou falar da dinâmica destas festas, especificamente dos grupos que se formam:

As Mães: 

Juntam-se todas tipo matilha. Sempre com os filhos por perto mas sem perder a oportunidade de falar com as outras Mães e partilhar informação sobre temas tão interessantes como alimentação, birras, brinquedos e cocó. Têm malas tipo MacGyver. Qualquer coisa que seja preciso (qualquer coisa, MESMO) é falar com elas.

Os Pais:

Aqui já depende da idade e número de filhos. Os pais de um filho ainda pequeno perdem a vergonha e cantarolam a música do Panda enquanto fazem a coreografia para o filho rir. À medida que o número de filhos ou a idade dos mesmos aumenta começam a largar o filho e agarrar-se à cerveja, acompanhados dos outros congéneres.

As grávidas:

Estão na fase do encantamento. Tudo parece lindo. As birras das crianças, a música do Panda aos berros, as mudanças de fralda mal cheirosas improvisadas em cima de um banco... Ficam sempre perto das Mães, já a guardar um lugar para a próxima festa. 

Os futuros pais:

Geralmente estão em pânico. Olham para aquela confusão e barulho e pedem (baixinho, sem ninguém ouvir) para que com eles seja diferente. Pensam que, quando for a festa de aniversário do seu filho, vai ser completamente diferente. Mal eles sabem que dentro de poucos meses vão estar a dançar o Panda Style orgulhosamente, se isto arrancar uma gargalhada ao filho.

As mulheres com o relógio biológico em brasa:

Dão-se com as outras mulheres sem filhos, mas sempre que uma criança passa por perto interrompem a conversa para brincarem com ela. 

As sem filhos:

Colocam-se neste grupo tanto as mulheres solteiras como as casadas que não têm filhos como plano nos próximos tempos. 

Assim como as Mães também andam em bando, mas o mais longe possível da música e crianças aos saltos. Acham-lhes muita graça mas longe e em doses controladas.

Os solteiros:

Topam de imediato as "sem filhos" solteiras e acabam por rondá-las. Nem se apercebem que há crianças na festa.

Será que me esqueci de algum grupo?...

Visita de estudo

Já andava há umas semanas a ler notícias sobre a abertura da GAP no El Corte Ingles. Ao contrário da Anita (que tem peças desta marca para a Matilde) eu não tinha nenhuma. Confesso que ainda sou um bocado esquisita em relação a compras online. Custa-me comprar sem conhecer os materiais e ter uma noção de tamanhos. Por esse motivo acabei por nunca mandar vir nada.

Ora a loja abriu na 6a e Sábado de manhã lá fomos. 

Primeira impressão: achei que tinha pouca variedade para cada idade, isto devido ao espaço total da loja também ser pequeno.

Em relação a preços tive de sondar a Anita e ela disse-me que são semelhantes ao do site, por isso menos mal.

De tudo o que lá estava só cai de amores por duas peças (um body amoroso de folhos de manga curta e um casaco com gorro) e acabei por trazer só uma.

Ficam as fotos que a Madalena me deixou tirar:

 

A minha compra. Apaixonei-me por este padrão à primeira vista (e a Madalena também).

Infelizmente a paixão da Madalena deu-lhe para a violência e aconteceu isto:

Não contente por ter arrancado o braço ao manequim, ainda aproveitou a mão para coçar o pé...não a posso levar a lado nenhum!

E vocês? Já lá foram passear?

Digam de vossa justiça!

Madalena, a delicada

A Madalena adora percutir (terá alguma coisa a ver com o facto de o pai ser baterista?...) e hoje de manhã tentei perceber se ela preferia o xilofone ou o tambor.

Para o fazer pus os 2 instrumentos lado a lado e dei-lhe o pauzinho do xilofone para a mão.

Resultado: pegou no xilofone e começou a bater com ele no tambor.

Vou só ali tomar um brufen e já volto...

Roupa para que te quero #8

E a semana já vai a meio...é impressão minha ou este ano está a passar a voar?

Body - H&M

Jardineiras - Zara

Collants - Zippy

Fita - H&M

Sapatos - Moleke

Este body é das poucas peças pretas que consegui encontrar para a Madalena. Confesso que adoro vê-la com essa cor mas é dificílima de encontrar!