Maozinhas de fada

Desde pequena que fui dotada com umas mãos de fada. Facilmente parto ou estrago tudo aquilo em que toco, é quase um super poder.

(última ida ao supermercado, fui tirar um frasco de pimentão doce)

Estranhamente sou óptima a seguir instruções. Móveis do IKEA, brinquedos, a coisa costuma correr até bastante bem.

Ora esta manhã, depois de a Madalena acordar aterrorizada com um relâmpago que caiu mesmo aqui ao lado de casa, achei que era boa ideia montar um carrinho que lhe foi oferecido no Natal.

Parece bem não é?

Não tinha instruções. O raio do carro não trazia a mínima indicação sobre a sua montagem, excepto um aviso a alertar para os riscos de acidente na eventualidade de uma má montagem. Fui ao site procurar a informação mas não tinha nada.

Como trocar depois deste tempo todo estava fora de questão decidi por mãos à obra.

Aquilo de intuitivo não tinha nada e passados poucos minutos já estávamos assim:

Felizmente a peça partiu num sítio que ainda permitia montar o volante. 

Vamos seguir.

Acabei de montar o brinquedo e apercebi-me de uma coisa que me assustou: sobraram peças. E peças grandes.

A peça amarela já percebi para onde vai, mas para a montar tenho de desmontar outra (e a peça que parti foi exactamente a desmontar outra parte mal montada), as verdes têm ainda origem desconhecida.

A coisa até está mais ou menos montada. A Madalena já lá esteve em cima e correu bem.

Resta-me comprar-lhe um capacete e esperar pelo melhor! 😏

Feriado bom

Às vezes os feriados passam e ficamos com a sensação de que não os aproveitámos a 100%.

Este feriado foi tudo menos isso. Foi um dia cheio, cheio de carinho, afecto, passeios, diversão e muita felicidade.

Começámos a manhã no parque. Primeiro a dar pão aos patos (a Madalena adora atirar o pão e ver os patos a comê-lo, ri-se que nem uma perdida) e depois no baloiço, seguindo-se a habitual corrida na relva a tentar roubar as bolas de toda e qualquer pessoa que lá esteja a brincar. 

O almoço foi em casa, depois uma sesta para recuperar energia e fomos a uma estreia: ao Jardim Zoológico.

Eu já sabia que ela ia adorar, porque é fascinada por todo e qualquer animal, mas nunca pensei que o sucesso fosse desta dimensão.

Adorou as zebras, os rinocerontes. Quando chegamos aos papagaios (e depois de lhe termos explicado que animal era) começou a dizer-lhes olá, porque um dos livros de animais com som tem um papagaio que assim o faz.

A girafa e o elefante foram outro sucesso, assim como os leões e os macacos.

Mesmo assim nada nos preparou para o momento alto da tarde: o espectáculo dos golfinhos.

De início estava irrequieta por ter de estar parada sem ver nada a se passar, mas assim que começou o espectáculo foi inacreditável.

Começou por ficar incrédula, de mão à frente da boca a ver as acrobacias.

Quando percebeu que aquilo era mesmo real apontava e gritava cada vez que via um golfinho saltar. Foi de tal maneira que as pessoas à nossa volta prestavam mais atenção a ela que ao espectáculo em si, todas encantadas com a reacção dela.

Passado pouco tempo já batia palmas cada vez que os golfinhos faziam alguma coisa e o entusiasmo manteve-se até ao final do espectáculo. 

Quando acabou ela disse adeus, toda contente, e lá fomos para casa de coração cheio.

Tantas vezes que já tinha ido ao Jardim Zoológico e nunca nenhuma foi como esta. Vê-la tão contente deixou-me muito feliz e emocionada. Pensar que já lá fui em miúda com os meus pais e agora estava ali com o meu marido e a nossa filha. Que sensação tão boa. 

Ficou a certeza de que voltaremos em breve!

Alguém me explica o fenómeno?

Todas as santas manhãs. 

Todas.

Acordamos. 

Deixo a andar um bocadinho para ver se lhe apetece fazer mais alguma coisa.

Mudo-lhe a fralda.

Cinco minutos depois faz cocó.

Nunca digam nunca...

Coisas que nunca pensei vir a dizer e hoje são tão comuns 

"Madalena, não comas o gato"

"Madalena, tira a mão, isso é cocó"

"Madalena não arrotes na boca da mamã"

"Madalena tira a ração dos gatos da boca"

"Madalena não comas terra por favor"

"Ai mas que lindo cocó filhaaa! Vamos chamar o papá para ver"

E podiam ser tantas mais...

E por aí? Contem-me as vossas!!

Momentos de carinho matinal

Quando a Madalena, depois de ter cuspido parte do pequeno almoço (que lhe preparei com tanto amor e carinho) para o chão, pega num desses bocados e tenta enfiá-lo na minha boca ❤️

O jeitinho que isto me deu!

Com a Madalena a crescer a banheira onde lhe dava banho deixou de dar. Ela mal se mexia lá dentro e estava sempre a tentar pôr-se de pé, o que aumentava substancialmente as hipóteses de dar asneira.

Passei a dar banho na nossa banheira mas inicialmente a Madalena rejeitou o nosso tapete de banho, porque tinha textura, e recusava-se a estar (de pé ou sentada) em cima dele. Acabei por comprar outro com uns patinhos que ela aceitou, mas não era muito viável visto ela estar-se sempre a levantar e o tapete só proteger cerca de metade da banheira.

Depois de investigar várias hipóteses achei que a mais adequada para nós seria o BabyDam.

O que é o BabyDam? Ora é uma estrutura móvel, adaptável a todas as banheiras que reduz o espaço disponível, permitindo não só poupar água como também restringir o espaço da banheira.

Ia eu toda contente comprar isto quando vi outra solução que me pareceu ainda melhor: o ClevaBath.

Basicamente isto consiste num tapete (muito suave) com quase o dobro do tamanho dos tapetes convencionais. 

Desta maneira protege praticamente toda a banheira, a textura suave fez com que a Madalena nem se apercebesse que ele lá estava e veio com um extra que me deixou extraordinariamente feliz: uma almofada super confortável de apoio para os meus joelhos. Com os banhos da Madalena a ficarem cada vez mais longos isto foi uma grande mais valia.

Naturalmente experimentei logo o tapete no banho desta noite e está mais que aprovado. A Madalena pôs-se em pé sem escorregar uma vez que fosse e acabou por passar grande parte do tempo sentada, por estar tão confortável!

Por isso fica a dica, cá em casa foi aprovadissimo! 

O que eu quero que te lembres

Filha. Um dia vais ser crescida. Vais viver a tua vida, ter a tua independência e, espero eu, ser extraordinariamente feliz. Nessa altura a tua infância vai estar longe, muito longe, mas há muitas coisas que eu quero que te lembres.

Antes de mais nada, foste uma bebé muito desejada. Eu e o teu pai amámos-te desde o momento que soubemos que existias. Já dentro da barriga falávamos contigo e eu passava o dia a fazer-te festinhas. Sabias que quando te fazia festinhas tu te esticavas para a minha mão? E que quando eu cantava para ti tu dançavas dentro da minha barriga? 

E quando nasceste? Que dia tão feliz. Desde o primeiro momento em que te vi que jurei que ia fazer tudo o que pudesse para que fosses a bebé mais feliz do Mundo, e tenho tentado ao máximo, todos os dias, que o sejas.

Falo muito contigo. Sempre falei. Gosto de te explicar o que se está a passar, por mais absurdo que possa parecer (uma vez o teu pai apanhou-me na cozinha, contigo ao colo, a explicar-te porque é que a água fervia e a diferença entre ebulição, condensação e sublimação), porque sei que percebes tudo aquilo que te digo. 

Dou-te mais de mil beijinhos e abraços por dia. É impossível resistir a essas bochechas maravilhosas e tu achas imensa graça quando te dou beijinhos em série. À conta de tanto abraço que levaste agora distribuis abracinhos por toda a gente, e que bom é ver-te tão fofinha e carinhosa.

Temos um ritual matinal de vestir muito giro. Inclui uma versão muito aldrabada do "Hakuna Matata" que te canto enquanto te visto e te arranca sempre umas risadas. Dominas a arte do deitar e levantar e assim ajudas-me no processo.

Andas e corres desalmadamente. Não gostas de dar a mão, porque assim tens menos uma mão disponível para mexer (e depois meter na boca) em tudo aquilo que encontras. 

Há tanta coisa em ti que me faz amar-te mais de dia para dia, mesmo quando tenho a certeza que é impossível o meu coração ter mais espaço para crescer.

Tudo o que faço é a pensar em ti e espero que o sintas durante toda a tua vida. Sei que hás de passar por fases em que não me vais achar graça nenhuma, em que vou ser uma chata, mas quero que mesmo nessa altura sintas que eu estou aqui para ti. Hoje, amanhã e para sempre, porque o meu coração é e será sempre teu.

Não sei se ria ou se chore

A Madalena sempre dormiu mal. Desde que nasceu eu não consigo dormir mais de 3/4 horas seguidas, sendo que depois de acordar a primeira vez os acordares subsequentes são, na maioria das vezes, de hora a hora.

Para tentar melhorar isto (e recuperar alguma sanidade mental) fomos a uma consulta com a Terapeuta Constança Cordeiro Ferreira.

Pois passado exactamente uma semana da primeira consulta, diga-se de ontem para hoje, a Madalena acordou UMA VEZ DURANTE TODA A NOITE!

Adormeceu pelas 20.30, só acordou às 3.30 e depois às 6.30.

Bom, não é? Pois.

Quis o destino que na noite passada eu tivesse estado até à meia noite a fazer sopas, perdendo assim as SETE HORAS SEGUIDAS que ela dormiu.

Começo a achar que o Universo está a conspirar contra mim...