sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Quem é amiga, quem é?

Antes do meu aniversário avisei que vinha aí uma prenda para vocês. Se calhar não leram, ou até julgavam que estava a brincar, mas aqui está ela!! 

Ora então o que é isto? É só o kit mais giro que podem ter para identificar tudo o que são coisas dos vossos filhos, da Stikets.

O kit é igual a este que mostro na foto, com etiquetas para objectos, sapatos, roupa, pulseiras e chapas completamente personalizáveis (desde à cor e textura do fundo, texto, letras, imagem) e entregues nesta embalagem gira que dói. 


Agora vamos ver alguns pormenores do kit:


As etiquetas para objectos e sapatos (já viram estes pés tão queridos?!). 


Aqui temos as chapas metálicas com as argolas para colocar nas malas de viagem. 


Aqui estão as etiquetas para a roupa. Fardas e roupa da escola, não voltam a ser extraviadas! 



E agora a parte importante, como podem ganhar este kit? 
Simples! Basta seguir os seguintes passos:


1- Fazer like nas páginas 007 Licença para Bolçar e Stikets Portugal 

2- Partilhar este post de forma pública na vossa página pessoal 

3- Identificar 3 amigos nos comentários do post no Facebook 

4- Confiar na vossa sorte! 



O sorteio está em vigor até dia 30 de Outubro e o vencedor será divulgado dia 31!
Só podem fazer uma participação por pessoa, por isso toca a pôr o namorado/marido/mãe/pai/tia/avó a participar! 


Boa sorte e obrigada por estarem desse lado 



segunda-feira, 25 de setembro de 2017

E afinal o que é que anda por esse quarto?

Antes de mais nada, OBRIGADA pelas mensagens e interesse no quarto da Madalena.
Passando à parte prática vamos ver o que se passa em cada foto:



Este é o local dos brinquedos dela. Tentei que estivesse tudo à altura dela para lhe dar o máximo de autonomia possível.

Estante e prateleiras - IKEA
Quadros de nascimento e letra do nome - Babylog
Nome, coroa, coração e estrela - Letras de madeira


Este é o nosso cantinho de leitura.

Cadeirão e apoio de pés -IKEA
Estante de livros - De Borla




A cama. Desde que vi estas camas achei que seria uma óptima opção para a Madalena. Primeiro porque respeita o princípio da autonomia, podendo entrar e sair quando quer, depois porque entra na temática "princesas" pela qual ela rege a sua vida.

Cama casinha (feita à medida) - Pequenas Coisas
Luzes da cama -De Borla
Almofadas - mix entre Zara Home, Primark e De Borla




No quarto da Madalena não poderia faltar o cantinho das princesas. Ainda está incompleto, falta colocar um cabide de parede e pendurar um dos 500 vestidos de princesa dela por cima, mas já serve para o efeito.

Estante - De Borla



Espero que ajude. Qualquer outro apontamento que não esteja identificado é só perguntar! :)

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Para ti, que deixas o filho na escola pela primeira vez

Contaste os meses, semanas, dias e horas até este momento. Ao longe parecia uma miragem e que terias todo o tempo do mundo para te preparar. Agora que o momento está prestes a chegar já não te sentes tão confiante quanto isso.
Não interessa a idade do filho, se tem 5 meses ou 2 anos. Custa sempre.
Até este ponto acompanhámos todos os momentos. Estivemos lá para cada etapa, cada conquista, cada birra e sorriso. Vimos a primeira gargalhada e rimo-nos de novas patetices aprendidas.

E agora? Agora eles vão ficar longe. Fora de casa e do colo da Mãe, e não é fácil.
Pensamos sempre que vão ter saudades nossas. Que nenhuma educadora pode dar o carinho e atenção que eles merecem e ficamos tristes por isso. Pensamos no que vamos perder. "E se não estiver lá quando der os primeiros passos?"; "Será que vai dizer lá a primeira palavra?".

A cabeça não para. Pensamos em mil cenários. As doenças! Vão ficar doentes, coisa que até agora não aconteceu. A alimentação. Será que vão comer o que enviamos ou vão dar coisas que não queremos?

Eu lembro-me como se fosse hoje do primeiro dia que deixei a Madalena na escola. Chorei imenso, mas imenso mesmo. Estava na minha última semana de licença de maternidade e fizemos a semana de adaptação. O momento em que passei a minha filha para a mão da educadora foi como se me tivessem arrancado um órgão sem o qual não sabia viver. Foi horrível. Fui o caminho todo até ao carro a soluçar, agarrada ao meu marido enquanto ele me dizia que uma hora depois já lá estaríamos para a ir buscar e que tudo iria correr bem. E correu. Quando voltámos ela estava bem. Pediu logo para vir para o colo e eu aí chorei mais um bocado.

A semana continuou e não vou mentir, custou-me muito. Ainda hoje, a dias de ela começar o terceiro ano na escola, sinto um nervoso miudinho com a aproximação da data. Sei que ela fica bem, até porque já tem os amigos na escola e uma equipa de educadora e auxiliar incríveis que me dão muita tranquilidade.


Se vai custar? Vai. Não queria estar na pele das Mães a dias de deixar os filhos pela primeira vez na escola, porque sei que por mais que ouçam de 350 mil pessoas que eles ficam bem, sentimo-nos sempre a abandoná-los, e que sensação horrível esta é.

Mas vou repetir o que já ouviram: eles ficam bem. É o que se chama um mal necessário. Há que trabalhar e na escola as funcionárias são profissionais. Estudaram para isto, já o fazem há algum tempo e, apesar de nunca ser igual a ficar em casa, eles ficam bem.

Por isso força. Coragem. Bebam um copo, comam um chocolate.
Garanto-vos que melhora com o tempo.
E eles vão ficar bem <3




quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Quando é que a fase escatológica passa mesmo?...

No final do dia peguei na Madalena e fomos ao supermercado.
Não precisava de muita coisa, mas o suficiente para justificar a ida.
A caminho pergunto-lhe:

"Madalena, o que vamos comprar ao supermercado?"

Ela responde:

"Tapioca".

"Boa querida, a mamã está mesmo a precisar de tapioca! E mais?"

"Pão"

"Verdade, também temos de comprar. E agora para jantar? Apetece-te alguma coisa de especial?"

"Sim!!!"

"O quê? Diz querida, que compramos lá"

"Cocó"

"Cocó? Filha, isso não é refeição e não se compra no supermercado"

Passou.
Fizemos as compras, chegámos a casa e fomos para a cozinha tratar do jantar.
Pouco tempo depois pede para ir à casa de banho.
Senta-se na sanita e diz:

"Mamã, quero um prato!"

"Porquê filha?"

"Estou a fazer o jantar"




terça-feira, 29 de agosto de 2017

Coisas que valem mesmo a pena #2 (versão Anita e Matilde)

Na sequência desta review feita pela Diana, de coisas que valem mesmo a pena, hoje deixo-vos uma das compras que mais jeito me deu com a Matilde.

Sei que há mil e um modelos de cadeirinhas para crianças que reclinam, levantam e sobem. Que fazem bolinhas de sabão e arco-íris enquanto dançam o vira. Nós, para ter em casa, optámos pela cadeira mais barata e simples, a ANTILOP do Ikea... um espetáculo para limpar e facilmente transportável entre as divisões da casa. Mas não é dela que vos venho falar.

A nossa melhor compra, a nível de mobiliário de refeições, não foi essa mas sim a cadeirinha com que andamos sempre no carro... a Pocket Snack da Chicco!


link onde a comprámos em promoção, da Bebitus --> AQUI

Super prática! Vive na mala do carro sempre pronta para um almoço inesperado, para um jantar em casa de amigos ou um lanche de última hora.
Adaptável a qualquer cadeira, fechada fica pequena e com uma alça para a levar ao ombro.
Tem duas alturas e a possibilidade de usar a mesinha ou optar por juntar a cadeira à mesa comum.
E um cinto de segurança com 3 pontos de fixação.

Tivemos em tempos uma de tecido que também se prendia à cadeira mas facilmente cedia às brincadeiras e inclinações da Matilde, com a desvantagem de não ter mesinha. Anos luz aquém da qualidade desta!

As vantagens são todas estas e muitas mais. Para quem, como eu, tem um certo nojinho das cadeirinhas de centros comerciais que por vezes parecem acabadas de sair de um encontro mundial de de suínos na lixeira mais próxima!

Esta é a minha sugestão para hoje, sem qualquer patrocínio, apenas uma opinião verdadeira e pessoal.

Anita

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Os Terrible Twos

Já tinha ouvido falar nos temíveis "terrible twos" ha muito tempo. Lembro-me de quando a Madalena começou a andar me ter queixado de que estava a ser cansativo, e uma amiga com uma filha nesta fase me dizer: "Espera até chegar aos dois anos...".


Confirma-se. Não digo que seja pior, mas é uma etapa mais desafiante. 

Mas o que é realmente isto dos terrible twos?


Basicamente é uma fase na qual eles já não são bebés mas também ainda não são crianças. Lutam entre a dependência que ainda têm nos adultos e o desejo pela independência. É normal nesta fase oscilarem rapidamente entre o grande apego e a vontade de desempenharem tarefas sozinhos. 


A juntar a isto, temos um desenvolvimento extraordinário a nível motor, intelectual, social e  emocional. O vocabulário cresce de dia para dia, a autonomia também e começam a perceber que também há regras que têm de ser cumpridas.

O que acontece é que muitas vezes a agilidade motora, verbal e emocional não acompanha o ritmo deste crescimento, o que pode gerar frustração, mau comportamento e birras.


É normal ver uma criança de dois anos gritar ou atirar-se para o chão quando alguma coisa não corre conforme as suas expectativas e, por mais difícil que pareça, não vale a pena tentar chamá-los à razão nesta fase.


O ideal é tentar desviar-lhe a atenção e, se não for o suficiente para parar com o comportamento, levá-los para um local calmo (caso estejam fora de casa) e deixar que a birra passe. Geralmente quando passa a crise eles ficam estranhamente calmos e é possível falar sobre o que se passou.


Ler informação sobre esta fase fez-me compreender melhor o que a Madalena está a passar e ajudou-me a lidar melhor com isto.

Há dias em que fico frustrada, mas felizmente são muitos mais os dias bons que os dias de birra. Nos dias de birra tento perceber os factores que as desencadearam e se são de alguma forma evitáveis (não dormir, demasiada agitação...) para da próxima vez correr melhor.


Por isso quando virem aquela Mãe a arrastar um filho que esperneia sabe Deus porquê não julguem. Não enviem olhares reprovadores (acreditem, essa Mãe está nesse preciso momento a passar na cabeça tudo o que fez e a perceber no que terá errado). Uma criança que faz uma birra não tem de ser fruto de pais incompetentes. Muitas vezes não o é. 


Entretanto já me disseram que os 3 anos é que são os terríveis. Oh well. Um passo de cada vez ❤️


sábado, 19 de agosto de 2017

Pelo fim da violência

Tenho evitado ao máximo falar sobre isto, porque este blog quer-se leve e divertido, mas começa a ser impossível ficar calada.


Ontem estava feliz da vida, de férias, a descansar. Quando acordámos da sesta vi nas notícias o que se tinha passado em Barcelona. 

Pessoas que estavam na sua vida, muitas delas de férias como nós, morreram em mais um atentado. Vimos as notícias em directo na TV com a Madalena sempre a perguntar : "Que foi mamã? Que se passa mamã?" e eu desvalorizei, naturalmente. Disse que não era nada, que tínhamos era de brincar.


Mas não é verdade. 

Pensei no que seria de por acaso lá estivéssemos. Se acontecesse alguma coisa a um de nós, e fiquei angustiada.

Que raio de mundo é este? Não é isto que quero como realidade para a minha filha. Não quero que ela ache isto normal. Não quero sequer que ela tenha de ter uma opinião sobre isto. Não quero que ela cresça neste clima de terror que, devagar devagarinho, se vai instalando. 

Sei que não posso fazer muito em relação a isto. Não quero condicionar a minha vida pensando no que pode vir a acontecer, mas já dou por mim a pensar mais vezes no factor segurança do que fazia.


Resta-me educá-la com base no amor e no respeito. Tentar contribuir para uma nova geração que possa fazer a diferença.


Até lá vou continuar a enchê-la de beijos e abraços e deixá-la viver no seu mundo de princesas e magia, dizem que por lá vivem felizes para sempre.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Coisas que valem mesmo a pena

Quando estamos grávidas compramos muita tralha, MUITA mesmo, e só nos apercebemos disto depois dos nossos filhos terem alguns meses. 

Naturalmente cá em casa não foi diferente. Talvez por isso agora sinta a necessidade de partilhar a minha experiência com quem esteja agora a "encher a casa de tralha", dizendo aquilo que valeu mesmo a pena.

Vou começar com aquela que foi, sem dúvida, a melhor compra que fizemos: o berço Next to Me da Chicco.

Antes da Madalena nascer comprei uma alcofa linda, na Zara Home, com uns pés que ficavam no quarto ao lado da cama e com umas asas que permitiam transportar a alcofa pela casa toda.
Ora aquilo era lindo, mas entre o peso da alcofa e da cria (que nasceu logo com 4,235Kgs) era super difícil de transportar. Juntando a isto um pós-cesariana muito doloroso e sala e quarto em andares diferentes, acabou por não ser tão utilizada fora do quarto quanto isso.

Outra coisa que não me tinha passado pela cabeça era a quantidade de vezes que iria acordar durante a noite e o que isso significava, tendo a Madalena na alcofa. Passados poucos meses percebi que aquilo não ia funcionar e comecei a pesquisar outras hipóteses.
Tendo em conta que a Madalena já era grandita e o Next to Me só estava indicado para mais poucos meses ainda pensei duas vezes antes de o comprar, porque o investimento ainda é significativo. Depois apanhei uma promoção da Zippy e a minha Mãe (obrigada Mãe!!) acabou por mo comprar.

A partir daí o acordar mil vezes durante a noite (muitas para dar de mamar) tornou-se menos doloroso. Bastava virar-me para o lado dela, puxá-la para mim e já estava. Depois era só voltar a pô-la na cama dela e adormecer. Demorava segundos no processo e a qualidade de vida que isso me trouxe foi incrível. 

O berço permite ajustar a altura nas duas extremidades, logo é possível elevar só a cabeceira quando tal é necessário e é relativamente fácil de transportar (ainda fez umas viagens connosco).

Fica aqui a minha experiência. Espero que ajude! 




sábado, 29 de julho de 2017

Querida pessoa (que não conheço de lado nenhum) :


Eu percebo. A minha filha é fofinha. Todos os bebés o são. Sorri, é simpática, bem disposta, um amor. Quer meter conversa com ela. Eu compreendo. O que eu não compreendo é a necessidade que tem de lhe mexer, quando não a conhece de lado nenhum. Juro que não entendo. A minha filha é uma pessoa e não um acessório. Tem direito ao seu espaço, à sua intimidade, e não tem de ser mexida por estranhos só por ser pequena. 
Pior que isto é ver a sua cara de espanto ou irritação quando eu peço para não lhe tocar. Parece que estou a dizer que tem sarna. Não querer que mexa na minha filha não é duvidar da sua higiene ou carácter, é apenas a minha forma de pedir que respeite o seu espaço. 
Já pensou que, se calhar, é a 5a ou 10a pessoa neste dia que tenho de afastar? Imagine o que seria estar a passear e ter, a cada dois minutos, pessoas que não conhece de lado nenhum a esticar a mão para lhe tocar. Não tinha lógica nenhuma pois não? Quanto é que isto passa a ser normal quando falamos de uma criança?  

Próxima vez que vir um bebé que não conhece de lado nenhum pense duas vezes antes de esticar a mão. Sorria. Mãe e filho agradecem. 



quarta-feira, 26 de julho de 2017

Para ti, Mãe que não dorme

Só quem tem filhos que não dormem consegue perceber o quão desesperante e desgastante isto é.
Não, não estou a falar das Mães que têm filhos que só dormem bem aos 3/4 meses. Estou a falar das Mães que, como eu, sobreviveram a noites com 2/3/4 horas de sono (nunca seguidas) durante anos.

É fácil reconhecer estas Mães. São aquelas que, assim que conhecem outra Mãe perguntam se o filho dorme bem. 
São Mães exaustas, sem memória, a funcionar em piloto automático e sempre a agarrarem-se às teorias que aparecem.

Lembro-me de viver por etapas:

"Isto melhora aos 6 meses, vais ver!"

"Não foi aos 6 meses? É ao ano de idade, de certeza que vai começar a dormir aí"

"Ao ano e meio é que é! Só pode ser!"

"Aos dois anos costuma melhorar!"


Ao ano e meio de idade a Madalena acordava de hora a hora. De HORA A HORA. Na altura ela dormia no quarto dela e à 3a/4a vez que acordava trazia-a para a nossa cama. Estava-me pouco lixando para as teorias do "Não a podes por a dormir contigo que só piora!!". Eu só queria descansar. 

Chorei muito. Muito mesmo. Durante a noite quando já tinha acordado 10 vezes e ainda nem eram 4 da manhã. À noite quando a ia adormecer e ela demorava uma hora no processo. De manhã, quando ela acordava e eu me sentia como se tivesse sido atropelada por um camião, exausta.

Procurámos ajuda. Ouvimos MUITAS opiniões não solicitadas. Percebemos que ela é mesmo assim. Até na escola, onde normalmente dormem bem é das últimas a adormecer e passa algumas sestas acordada.

Para nós o ponto de viragem foram os 2 anos. Se dorme noites inteiras? De vez em quanto sim. Mas o simples facto de só acordar uma ou duas vezes por noite melhorou substancialmente a minha qualidade de vida.

Ainda tenho muitas horas de sono (e sanidade mental) para recuperar, mas queria partilhar a minha experiência para as Mães que ainda estão a passar por isto.

Vai melhorar. Pode demorar um ano, dois anos, três. Mas vai melhorar. Eles vão dormir melhor e nós vamos voltar a ser pessoas normais.

Entretanto falem, peçam ajuda, desabafem com as amigas. E não desesperem. Vai correr tudo bem. 

terça-feira, 11 de julho de 2017

Deixem a minha filha em paz

Como muitas Mães, desde que a Madalena começou a comer o cuidado com o que entra cá em casa aumentou. É normal.
Felizmente há cada vez mais informação disponível e é possível fazer uma escolha consciente do que queremos ou não fazer quanto à alimentação dos nossos filhos.

Desde o início que optámos por lhe oferecer uma alimentação o mais clean possível: com biológicos, sem alimentos processados, sem açúcar, com muita fruta e legumes e, acima de tudo, com muita saúde. Posso dizer orgulhosamente que a Madalena adora comer bróculos  e cenouras crús, sopas, toda e qualquer fruta e é extraordinariamente feliz assim.

Infelizmente para muitas pessoas há sempre o elemento "coitadinha".
O que é o elemento "coitadinha"? Passo a explicar:

"Não come chocolates?? Coitadiiinha..."
"Não lhe dás chupas?! Coitadiiiiinha..."
"O quê? Só lhe dás fruta de sobremesa?! Coitadiiiinhaaa!"

Acho que dá para perceber a ideia. E a ideia chateia-me.
Pensar que, com tanta informação disponível sobre as quantidades absurdas de açúcar ingeridas pelas crianças e o malefício que isso lhe traz, como é que isto ainda é um assunto?
Todos os dias preparo almoço e lanche para a Madalena levar para a escola e ainda lhe junto peças de fruta para comer durante o dia. Eu considero isto um investimento na saúde dela, e não há nada mais importante que isto.

Se somos completamente fechados quanto à alimentação? É claro que não. De tempos em tempos come pizza, um gelado ou rouba umas batatas fritas no restaurante, mas isto são as excepções que nós escolhemos fazer.

Agora ouvir, vezes sem fim, que a nossa filha é uma coitadinha por não comer o peso dela em açúcar é que não consigo entender. Ouvir o que ela está a perder por não comer toda e qualquer porcaria que acham que ela iria adorar é absurdo e não consigo ficar calada. Isto tanto de pessoas que nos são muito próximas como de plenos estranhos no meio da rua.

Isto chegou ao ponto de no supermercado, estando a Madalena a comer bróculos crús toda contente, uma mãe com uma criança com 1 ano mal feito que comia um chupa-chupa me ter dito "A comer bróculos crús?! Por favor..:". E eu não respondi. Não consegui.

Eu não peço muito. Apenas que respeitem a nossa decisão (e que absurdo me soa dizer isto, já que a decisão consiste em dar uma boa base para o resto da vida dela) e que nos deixem em paz. Não sofram por ela, porque quem a conhece sabe que há poucas crianças tão felizes (e saudáveis) quanto ela. Tem toda uma vida pela frente para comer tudo o que lhe apetecer. A nossa obrigação é dar-lhe as bases e, acima de tudo, o exemplo. O resto só depende dela. 

A título informativo deixo alguns links com notícias sobre o assunto.









sábado, 8 de julho de 2017

Elsa - a omnipresente

Ontem à noite a história foi diferente. Em vez do livro foi dia de projectar a história na parede (depois partilho, foi das coisas mais giras que comprei).
Depois de contar a história 3 vezes, a seguinte foi projectada no tecto e deitámo-nos as duas no sofá. A meio da história o meu marido veio juntar-se a nós e deitou-se ao lado da Madalena.

Nesta idade o sentido de posse da Madalena é intenso, logo quando o pai se deitou do "lado dela" do sofá ela começou a empurrá-lo para o meu lado.

Na tentativa de a acalmar o Miguel pergunta:

"Madalena, porque estás a tirar o papá do sofá? Tu sabes quem comprou o sofá?"

A Madalena olha para ele com um ar sério e pergunta:

"Foi a Elsa?"

Eu viro-me para o outro lado para ela não perceber que estou a rir e o Miguel continua o diálogo:

"Não Madalena, foi a mamã e o papá.

A Madalena olha para ele durante uns 3 segundos, calada, e depois pergunta com ar sério:

" E a televisão? Foi a Elsa? "

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Basta

Desde sempre as mulheres estão sujeitas a pressões externas.
Começa com o "Então, já tens um namorado??" E nunca mais acaba.
Do namorado passa ao casamento, do casamento ao filho, do primeiro filho ao seguinte e assim sucessivamente.
Como se isto não bastasse, a televisão, publicidade e redes sociais passam uma ideia da imagem ideal da mulher que é virtualmente impossível de conseguir.
A cereja no topo do bolo são as expectativas em torno do que uma mulher tem de ser depois de parir.
Há que ter filhos lindos, cuidados, impecavelmente vestidos e arranjados. Tem de ser a Mãe perfeita enquanto cuida de si como se essa fosse a única tarefa. Cabelo arranjado, ginásio e alimentação cuidada, tudo isto assim que a criança salta cá para fora.
Ridículo não é? E pensar que a maior fonte de pressão são exactamente as outras mulheres? 


O pior inimigo das mulheres são as outras mulheres. Ponto.


Para algumas mulheres voltar ao corpo que tinham é um processo fisiológico e rápido, para outras é uma luta. Quem somos nós para criticar?
A maternidade já tem tantos desafios, porque é que temos de a tornar ainda mais complicada? 
E como é que outras mulheres, algumas até já com filhos, têm o desplante de opinar sobre um assunto tão pessoal como este?
Não sabemos o que se passa na vida das pessoas e se realmente achamos que alguma coisa se passa o que devemos fazer é apoiar e nunca julgar.

Eu tenho uma filha, e quero que ela cresça sabendo o que é a tolerância, respeito, amizade e compreensão. Quero que ela viva num mundo onde as mulheres são unidas e se apoiam,  e não mais uma fonte pressão. 


As mulheres do futuro dependem de nós.
Não se esqueçam: as nossas filhas merecem muito mais que isto. 



segunda-feira, 26 de junho de 2017

Festas e privacidade

É final de ano nas escolas e as festas são mais que muitas.
Todos achamos que o nosso filho é o mais espectacular, faz parte.
Todos filmamos, fotografamos e vivemos o momento com eles. É mesmo assim e que bom que é.

Agora no momento das partilhas tenham atenção. Há pais que não querem ter os filhos expostos nas redes sociais, e estão no seu direito.

Se quiserem partilhar imagens garantam que são só dos vossos filhos ou, caso sejam de grupo, não se esqueçam de pedir autorização aos outros pais. 

Divirtam-se e boas festas!! 

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Quem é amiga, quem é?

Ontem usei os 10 minutos que tinha para almoçar para ir a um sítio que descobri há pouco tempo e que, por ser extremamente querida, partilho convosco:

O Pingo Doce no Lavradio (Barreiro)

Pensavam que era uma coisa mais gira não é? Talvez um spa, ou uma loja espectacular. Mas não. É mesmo um Pingo Doce.

Porquê esta loja? Porque tem um armazém de outlet. Uma secção gigante com 60% de desconto em imensos produtos, sendo que muitos deles são brinquedos.

Deixo algumas fotos que tirei para vos mostrar:


 
  


Incrível não é? E como não só de brinquedos vive uma Mãe, também encontrei isto:

  


Vá. Escusam de agradecer.

Boas compras!

sábado, 17 de junho de 2017

Rumámos a Sul

Esta semana aproveitámos os feriados de 13 e 15 de Junho e rumámos a Sul. Foram só 3 dias mas que nos souberam a pato.
Já tínhamos planeado isto há algum tempo e quisemos escolher um sítio que tivesse conforto e, ao mesmo tempo, fosse giro para a Madalena.
Depois de muito procurar fomos parar ao Aquashow Park Hotel. O hotel tem 4 estrelas (logo não pode ser muito mau), os comentários online são bons, os escorregas ficam ali ao lado (incluídos na estadia) e, como ficámos só 3 dias, não era suficiente para nos fartarmos daquilo.

Na 3a de madrugada lá fomos. A viagem foi a possível com uma criança de 2 anos mas chegámos.
Como fomos muito cedo o quarto ainda não estava pronto (já sabíamos que assim ia ser), então deixámos as malas no hotel, mudámos de roupa e fomos dar uma voltinha rápida aos escorregas antes de almoço.
Logo aqui duas coisas não fizeram lá muito sentido:

1- um hotel de 4 estrelas não tinha ninguém para levar as malas ao quarto. Deixámos as malas guardadas mas depois tivemos de as levar sozinhos;

2- o parque aquático termina mesmo ao lado do hotel, mas os hóspedes do hotel têm de dar a volta toda por fora do parque para entrar pela porta principal. Não teria lógica fazerem uma entrada, controlada por uma pessoa e de acesso com os cartões do quarto, para quem está no hotel?...


O parque aquático é muito giro. Bem cuidado, limpo, com imensos escorregas e duas zonas diferentes para crianças. A Madalena primeiro estranhou, mas depois ADOROU. Descia os escorregas vezes sem conta e começou a inventar formas diferentes de descer (deitada, sentada, de pés...) e só pedia para repetir.

Como ainda não estamos no pico do Verão o parque fecha às 17.30. Tendo em conta que a Madalena das 11 às 16.30/17 fica fora do sol a tarde era passada na piscina do hotel que era bastante simpática.

Tinha uma piscina relativamente grande, dimensionada em relação ao hotel (que estava cheio mas, por não ser muito grande, nunca passou essa impressão), uma piscina pequena para crianças com um escorrega e uma piscina interior, óptima para as horas de calor.

A contar com o cansaço do final de dia optámos por ficar com meia pensão, assim seria jantar, brincar um bocadinho no parque infantil (muito giro) e dormir.
Infelizmente a ementa não era brilhante. As opções eram poucas e com uma confecção a deixar um pouco a desejar. 
Para contrabalançar, a simpatia do pessoal do jantar era incrível. Muito atenciosos, rápidos e extremamente simpáticos (assim como todo o pessoal do hotel).

O entretenimento nocturno (música, estou a falar de música, é um hotel familiar sim?) era fraco.
Aí admito a minha exigência, já que sou casada com um músico incrível, mas acho que se conseguia arranjar uns números mais agradáveis, com tanta oferta que por aí anda. 

De uma forma geral a experiência foi agradável. 
Nota negativa para a ausência de ajuda no transporte da bagagem e qualidade da comida, mas nota muito positiva para a simpatia de todo o staff e ambiente geral.

A ver se voltamos para tirar a prova dos nove! 

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Praia com e sem filhos

1 - Horário

Sem filhos - quando e sempre que nos apetecer

Com filhos - nas horas em que antigamente diriamos: "Epa, mas quem vai à praia a estas horas?!"


2 - Localização

Sem filhos - a que nos apetecer

Com filhos - uma praia de mar calmo com acesso fácil, preferencialmente com um bar de apoio e uns chuveiros para depois ajudar a tirar a areia. Basicamente aquelas com ocupação média de 15 pessoas por metro quadrado.


3 - O que levar

Sem filhos - carteira, telemóvel, toalha, protector solar e chapéu de sol (só se a estadia na praia for longa), sendo que ia muitas vezes para a praia só com uma toalha no ombro e as chaves do carro. Isto dá para um dia de praia.

Com filhos - toalhas (sim, sempre mais que uma para garantir que há uma sempre seca), mudas de roupa, toalhetes, chapéus, soro unidose (não vá entrar areia para os olhos), pó de talco, chapéu de sol (se for com protecção UV melhor), protector solar, arnidol, fraldas, água, fruta, bolachas, baldes, pás, moinho de areia, regador (de preferência 3 de cada para depois, assim que chegarem à praia, roubarem o primeiro que virem à frente). Para hora e meia na praia.


4 - O que comemos

Sem filhos - uns petiscos porreiros no bar da praia, umas bolas de Berlim, gelados...

Com filhos - areia


5 - O que bebemos

Sem filhos - umas imperiais fresquinhas, água, Coca-Cola, sumos naturais...

Com filhos - areia conta como bebida?


6 - O que fazemos

Sem filhos - pouco ou nada. Muito tempo é passado a tentar perceber se já temos calor suficiente para ir para a água ou não.

Com filhos - montar arraial, vestir o fato de banho deles, fazer buracos, ir buscar água com os baldes 17239472 vezes, tirar areia da boca deles, voltar a dizer que não se come areia, desistir e dizer para engolir o que está na boca, correr atrás deles, dizer 300 vezes para tentar não roubar os baldes dos outros e mostrar os 5 que trouxemos, correr atrás deles novamente agora para reforçar o protector solar, perguntar se querem comer/beber, apanhar conchas, apanhar pedras...


7 - Grau de cansaço

Sem filhos - tremendo...isto de ir à praia cansa imenso

Com filhos - como é que eu antes me queixava de estar cansado quando ia à praia?!



Se tenho saudades dos outros tempos? Confesso que por vezes sim, mas ver o ar de felicidade da Madalena a correr praia fora faz-me ficar convencida de que isto assim tem muito mais graça ❤️

terça-feira, 30 de maio de 2017

Os sonhos da Madalena

Ontem à noite Madalena estava cheia de sono. Não quis dormir a sesta no colégio por isso o cansaço já era muito e a birra ainda maior.
Para a tentar acalmar disse:

"Madalena, agora vamos dormir. Sabes quem está à tua espera nos sonhos? A Ana, a Elsa, o Olaf..."

Ela continua:

"O príncipe Hanz..."

E eu disse:

"Oh querida, mas o príncipe Hanz não é mau?"

E ela, imediatamente:

"Não mamã. Não é mau".

Ok. La foi dormir mais apaziguada.

Hoje ao acordar perguntei:

"Então filha, dormiste bem? Sonhaste com a Ana e a Elsa?"

"Sim mamã"

"E o que é que elas disseram?"

"Uau! Madalena é linda!"

"Boa filha, e apareceu mais alguém no sonho?"

"O príncipe Hanz! O príncipe Hanz não é mau mamã!"



domingo, 7 de maio de 2017

Mãe

Mãe é colo, é amor.
Um amor incondicional. 
Mãe é carinho e conforto,
Um abraço sempre pronto para nos receber 
Mãe é tudo, mesmo quando nos sentimos nada.
Um ombro amigo, conselheiro, que cura qualquer mal por vezes sem sequer falar.
É onde nos sentimos em casa, protegidos
e sabemos que podemos sempre voltar.
Mãe é alegria, cumplicidade, 
noites mal dormidas e muito cansaço, mas sempre com um sorriso para dar.
É a mala do Sport Billy onde aparece sempre tudo, por mais impossível que pareça.
Mãe é chef, animadora, guarda nocturno e alvorada.
É estilista de roupa e cabelos e fotógrafa oficial.
Mãe é também disciplina, mesmo quando tem de morder a bochecha para não rir dos disparates.
Mãe é orgulho, lágrima muito fácil. 
É o nosso porto de abrigo
Mãe é tudo. Tudo isto e tanto mais.

Hoje é o dia delas, o nosso dia.

Um muito feliz dia a todas as Mães.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Dia da Mãe

Com o Dia da Mãe quase à porta decidi fazer um apanhado de prendas giras que tenho apanhado por aí.


1 - Phi Clothing

Chamem-me pirosa, mas acho giríssimo os conjuntos de roupa mãe/filha a combinar. Do que por aí anda, os da Phi Clothing são os que me têm chamado mais a atenção. 
Não são o máximo?





2 -Catita Illustration

Como uma Mãe não vive só de roupa as duas próximas sugestões são de ilustrações. Primeiro a Catita Illustration com estes três quadros lindos:





3 - Ma Puá

Depois da Catitla Illustration vem a Ma Puá, que para além dos sofás mais queridos,lançou uma ilustração amorosa alusiva ao dia da Mãe



4 -Knot

Apesar de não estar nos meus favoritos de conjuntos mãe/filhos as colecções de dia da Mãe/Pai da Knot são já um clássico e a deste ano até está engraçada. 



5 - Swarovski

Estive a ver a colecção de Dia da Mãe deste ano e ficam aqui as minhas peças favoritas.




Ficam aqui estas sugestões. Nos próximos dias farei outro apanhado com mais novidades giras que apareçam.

Boas compras!


sexta-feira, 31 de março de 2017

Sabes que estás cansada quando...

Vais adormecer a tua filha, dizes até já ao marido e passado hora e meia ele vai ver se está tudo bem e te encontra a dormir profundamente ao lado dela.

Não durmas não Diana...

quarta-feira, 29 de março de 2017

Baby blues e as expectativas irreais da maternidade

A maternidade muda-nos. Muda. Podem dizer que não, que são exactamente a mesma pessoa que eram antes, mas acho isso praticamente impossível.
A umas bate com mais força, outras sentem-na com maior leveza, mas a vida nunca mais é igual.

Para algumas Mães a coisa corre melhor, com gravidezes e partos santos e crianças angelicais que dormem 50 horas seguidas. A outras nem por isso.

Como não tenho outra experiência que não a minha falo-vos dela aqui, pois sei cada vez mais que não estou sozinha e é bom que outras Mães saibam que isto acontece.

Tive uma gravidez santa, não me posso queixar. Uma barriga daqui até à margem sul, mas sem queixas. Não soube o que eram uns pés ou mãos inchados, pouco enjoei e consegui apertar os sapatos sozinha até ao dia em que fui para a maternidade.
Talvez por ter tido uma experiência tão pacata julguei que as coisas seriam sempre assim tão pacíficas. Se calhar até foram, mas eu não consegui lidar bem com elas.

O facto de a Madalena ter nascido de cesariana foi o primeiro embate. Ora então eu, que até plano de parto escrito tinha, não soube o que era uma contracção e tive de agendar um dia para a Madalena nascer? Que absurdo. Como é que escolhemos o dia de nascimento da nossa filha? Logo aí comecei a não lidar bem com isto.

O dia do nascimento foi surreal. Ir para o hospital de mala feita, sabendo que a Madalena iria nascer naquele dia fez-me confusão. O hospital onde ela nasceu também não ajudou, não me senti particularmente apoiada pela equipa de enfermagem e tive dores horríveis, sem necessidade para tal.
Doze horas após o nascimento a Madalena sufocou com líquido amniótico e logo aí senti, pela primeira vez, uma coisa que me passou a perseguir. A culpa.

Ora porque é que ela sufocou? Porque eu não fui capaz de tê-la por parto normal e nasceu cheia de líquido. Assim que isto aconteceu começou a incapacidade de dormir. E se ela sufoca novamente a dormir e não damos por ela? Fazia turnos com o meu marido para estar sempre alguém acordado a ver se estava tudo bem. Assim que começámos a relaxar, já quase 3 semanas pós parto, ela sufoca novamente em casa. Tudo OK, mas passei 2 dias internada com ela em observação. E quem conseguia dormir depois disso? Cheguei a acordá-la variadíssimas vezes a meio da noite, pois a respiração era superficial (normal nos recém nascidos) e eu tinha medo que ela não estivesse a respirar. Só quando ela tinha quase 5 meses fui capaz de a deixar pela primeira vez sozinha no nosso quarto com o monitor (video) e vir para a sala um bocado, pois até lá quando ela ia para a cama eu ia com ela, com medo que alguma coisa acontecesse. Até ao dia de hoje acordo muitas vezes a meio da noite e olho para o monitor para me certificar que ela está a respirar...

Depois veio o colégio. Um horror deixá-la. Chorava ela, chorava eu, mas com o tempo foi acalmando. Até que aos 6 meses, à conta de uma gastroenterite e cistite ficámos outra vez internadas, desta vez uma semana, para ela fazer medicação endovenosa. Mais uma vez a culpa. Porque é que ela ficou doente? Porque eu tive de ir trabalhar e a deixei na escola. Em casa ela nunca apanharia nada disto.

E entre noites muito mal dormidas, sentimento de culpa avassalador e muito cansaço o tempo foi passando. No meio disto tudo já ela tinha um ano e eu via as mães de revista, que 1 mês pós nascimento dos filhos estavam impecáveis, no ginásio com uns abdominais que eu nunca tive, com crianças que pareciam nunca partir um prato e com um ar fresco e maravilhoso, enquanto eu parecia que ainda estava grávida de 5 meses e tinha umas olheiras que nem as melhores bases do mercado conseguiam cobrir.

Foi preciso chegar quase aos 2 anos de vida da Madalena para parar e tentar perceber se toda esta angústia era normal. Sempre achei que sim. Como é que alguém que está há tanto tempo sem dormir e a trabalhar poderia estar de outra forma? Mas não. Não era normal. Era realmente um arrastar sem fim de um baby blues que nunca teve a devida atenção. Se fiz alguma coisa especial? Não. Acho que o simples facto de parar e perceber que alguma coisa estava errada foi o ponto de partida para tentar alcançar alguma normalidade.
Entretanto a Madalena começou a dormir um bocadinho melhor e eu passei de dormir 3/4 horas por noite com interrupções pelo meio para 5/6 horas, às vezes com 4 horas seguidas. E que diferença que isto fez. Num dia muito bom já consegui dormir 6 horas de uma vez.

E porque é que falo nisto?
Porque algumas de nós, Mães, temos dificuldade em assumir que estamos mal. Vamos aguentando, pondo tudo para trás das costas e "alimentamo-nos" dos sorrisos e carinho dos nossos filhos até ao dia em que não aguentamos mais. Achamos que faz parte, e que as coisas são mesmo assim, mas não têm de ser.
Falem com as vossas amigas. Falem com as vossas médicas. Falem.
Não deixem que a tristeza e angústia vos roubem a felicidade incrível da maternidade.
E não se esqueçam. Tudo passa. Menos o amor que sentimos por eles.






domingo, 26 de março de 2017

Dois anos!? Como é que isto aconteceu?..

Falta oficialmente menos de três semanas para o grande dia. Dois anos. Dois anos?!

Podia entrar no clichê de "o tempo voou" mas até sinto que o tempo foi justo. Já aconteceu tanto desde que ela nasceu que me fez sentir estes dois anos na sua totalidade. Mesmo assim já começo a sentir algumas saudades. Saudades de quando ela era tão pequenina que se encaixava toda no meu peito, saudades do cheiro de bebé, saudades das primeiras conquistas que tanto celebrámos.

Apesar disto tudo estou a adorar esta fase. Todos os dias aprende coisas novas, já sabe dizer muito bem tudo o que quer e as poucas palavras que lhe faltam no vocabulário são substituídas por gestos ou palavras alternativas. Ri-se de boca aberta e olhos rasgados e não deixa ninguém indiferente quando o faz. É a bebé mais incrível do Mundo e há de ser sempre a minha bebé enquanto eu existir.

Por isto e por tanto mais quero planear uma festa de aniversário que a deixe extraordinariamente feliz.

Como não poderia deixar de ser, o tema da festa vão ser a Princesas.
Já fui à Docinho de Açúcar comprar decorações, tenho a Mil Pedaços encarregue dos doces e conto com a Pó de Giz para a ardósia e convites mais fofos.

Vou-vos mantendo a par das novidades, até lá desejem-me sorte!

terça-feira, 14 de março de 2017

Educar por exemplo

Na escola da Madalena o horário de entrega/recolha de crianças é relativamente comum a todos os pais, diga-se que existe a chamada "hora de ponta" em dois turnos, na qual também me movimento.
A escola é bastante pequena, por isso mesmo em hora de ponta a confusão nunca é demais e acabamos por nos cruzar todos os dias com caras que já nos são familiares. 
Antes de entrar no edifício principal há duas portas: o portão da rua e a porta do edifício e é aqui que começa o meu problema.

Desde que a Madalena nasceu que sinto um peso grande de responsabilidade. Primeiro a responsabilidade de manter um ser vivo em tamanho bonsai vivo e saudável. Depois, a responsabilidade de a criar e educar de forma a que ela tenha valores que façam dela uma boa pessoa. 
Com isto em mente tento sempre ser um bom exemplo, porque eles aprendem por imitação. 
Não vale a pena dizer-lhes que têm de comer comida saudável enquanto nós enfiamos junk food goela abaixo, assim como não podemos dizer que têm de ser educados e respeitadores quando não o somos.

Infelizmente na escola da Madalena muitas vezes não vejo isto. Vejo pais/avós que, depois de se segurar numa porta para passarem são incapazes de agradecer, outros que vêm que estamos quase a chegar ao portão e o fecham praticamente na nossa cara, a mesma coisa com a porta do edifício principal. Tudo isto com crianças pela mão. 
Que raio de valores estão a ensinar aos vossos filhos/netos? 
Como podem esperar que eles tornem este mundo um bocadinho melhor quando não aprendem de pequenos os valores mais básicos, como respeito?

Os nossos filhos vão ser o nosso reflexo, no bom e no mau. Tentem que o bom prevaleça. 

domingo, 29 de janeiro de 2017

Disney, a traumatizar crianças desde 1923

Os filmes da Disney fazem parte do nosso imaginário. As princesas, criaturas fantásticas e animais fofinhos prendiam-me ao ecrã e, quando a Madalena ficou doente e fechada em casa, achei que era uma boa altura para partilhar com ela estas memórias.

Se calhar o tempo pintou as minhas memórias de pozinhos mágicos, pois quando comecei a ver um e outro filme e a ler uma e outra história apercebi-me de uma coisa: mas que raio tem a Disney contra os pais? Ora vamos fazer um pequeno apanhado:


✔️Rei Leão - não só o pai morre como o filho acha durante quase todo o filme que o matou

✔️Bambi - ainda o filme mal começou e a mãe já foi abatida 

✔️ À procura de Nemo - o filme começa com a morte da mãe

✔️ Papuça e Dentuça - mais um que mal o filme começa fica abandonado no mundo porque mataram a mãe 

✔️ Dumbo - a mãe não morre, mas quando o defende contra os meninos que gozavam com ele é chicoteada e espancada e colocada numa jaula de isolamento 

✔️ Frozen - à segunda música os pais morrem



Depois temos os clássicos. Aquelas histórias lindas de encantar, que no fundo acabam sempre com uma princesa linda e maravilhosa a ser salva por um príncipe que nem sabe quem ela é:

✔️ Bela adormecida - pica o dedo numa roca e não só ela como todo o reino adormece. Um tipo que nunca a viu aparece lá, beija-a e tudo fica bem.

✔️Branca de Neve - mais uma sem Mãe que fica morta num caixão de vidro até outro tipo que nunca a viu pegar nela, espetar-lhe um beijo e resolver tudo.

✔️ Cinderela - outra sem Mãe, escrava da madrasta e das meias irmãs. Para fugir da desgraça lá tem de vir um tipo de sapato de cristal na mão que, depois de ter dançado uma vez com ela, a tira da vida miserável que leva e a faz ser princesa.


Entre pais que morrem que nem mosquitos na A1 e princesas que só se safam se um tipo que mal as conhece as salvar, nem sei o que prefiro...

Quer dizer, sei. Prefiro o Pets. Ao menos lá só morre a víbora e o dono do cão grande, que ninguém conhece... 😒

sábado, 28 de janeiro de 2017

Quando é que isto para mesmo?...

Com os quase 2 anos de Madalena ganhei outra tolerância para uma série de coisas, entre elas os comentários não solicitados. Continuam a chatear, uns ainda muito, mas a capacidade de relativizar aumentou.

Independentemente disso ainda há aqueles comentários...ai aqueles...que ainda não acabaram de ser ditos e já o meu sangue fervilha. Nesses momentos imagino toda uma cena alternativa na minha cabeça, num universo onde eu teria a liberdade de responder exactamente aquilo que me apetecia e a coisa seria mais ou menos assim:


P- Ahhh, ela está com tanta tosse...já a levaste ao médico coitadinha?

D- Não. Sabes que eu sou fã de Darwin e da selecção natural. Se ela não se safar sozinha é porque não era lá grande coisa



P- Está tanto frio...de certeza que ela está bem agasalhada?

D- Claro que não. Há pouca coisa que me dê mais prazer que ver a minha filha sofrer de hipotermia. É isso e o Benfica ser campeão.



P- Mas o médico não receitou antibiótico/xarope/comprimidos/sabedeusoquê? Assim admira-te que ela nunca mais fique boa!

D- Por acaso o pediatra dela deve ser mais ou menos da tua idade...às tantas tiraram o curso de medicina juntos! Ahh...não és médica...pois.



P- Com esse tamanho todo e ainda anda ao colo?

D- É verdade. Durante uns tempos experimentei andar com ela agarrada à minha perna a berrar, mas deu-me cabo da ciática.


P- Ainda não dorme a noite toda?? A minha dorme 12 horas desde os 6 meses.

D- Poooois, se eu ao acordar a meio da noite tivesse de olhar para a tua cara também preferia dormir às 12 horas de cada vez.



Quando é que os comentários param, mesmo?...