quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Quando é que a fase escatológica passa mesmo?...

No final do dia peguei na Madalena e fomos ao supermercado.
Não precisava de muita coisa, mas o suficiente para justificar a ida.
A caminho pergunto-lhe:

"Madalena, o que vamos comprar ao supermercado?"

Ela responde:

"Tapioca".

"Boa querida, a mamã está mesmo a precisar de tapioca! E mais?"

"Pão"

"Verdade, também temos de comprar. E agora para jantar? Apetece-te alguma coisa de especial?"

"Sim!!!"

"O quê? Diz querida, que compramos lá"

"Cocó"

"Cocó? Filha, isso não é refeição e não se compra no supermercado"

Passou.
Fizemos as compras, chegámos a casa e fomos para a cozinha tratar do jantar.
Pouco tempo depois pede para ir à casa de banho.
Senta-se na sanita e diz:

"Mamã, quero um prato!"

"Porquê filha?"

"Estou a fazer o jantar"




terça-feira, 29 de agosto de 2017

Coisas que valem mesmo a pena #2 (versão Anita e Matilde)

Na sequência desta review feita pela Diana, de coisas que valem mesmo a pena, hoje deixo-vos uma das compras que mais jeito me deu com a Matilde.

Sei que há mil e um modelos de cadeirinhas para crianças que reclinam, levantam e sobem. Que fazem bolinhas de sabão e arco-íris enquanto dançam o vira. Nós, para ter em casa, optámos pela cadeira mais barata e simples, a ANTILOP do Ikea... um espetáculo para limpar e facilmente transportável entre as divisões da casa. Mas não é dela que vos venho falar.

A nossa melhor compra, a nível de mobiliário de refeições, não foi essa mas sim a cadeirinha com que andamos sempre no carro... a Pocket Snack da Chicco!


link onde a comprámos em promoção, da Bebitus --> AQUI

Super prática! Vive na mala do carro sempre pronta para um almoço inesperado, para um jantar em casa de amigos ou um lanche de última hora.
Adaptável a qualquer cadeira, fechada fica pequena e com uma alça para a levar ao ombro.
Tem duas alturas e a possibilidade de usar a mesinha ou optar por juntar a cadeira à mesa comum.
E um cinto de segurança com 3 pontos de fixação.

Tivemos em tempos uma de tecido que também se prendia à cadeira mas facilmente cedia às brincadeiras e inclinações da Matilde, com a desvantagem de não ter mesinha. Anos luz aquém da qualidade desta!

As vantagens são todas estas e muitas mais. Para quem, como eu, tem um certo nojinho das cadeirinhas de centros comerciais que por vezes parecem acabadas de sair de um encontro mundial de de suínos na lixeira mais próxima!

Esta é a minha sugestão para hoje, sem qualquer patrocínio, apenas uma opinião verdadeira e pessoal.

Anita

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Os Terrible Twos

Já tinha ouvido falar nos temíveis "terrible twos" ha muito tempo. Lembro-me de quando a Madalena começou a andar me ter queixado de que estava a ser cansativo, e uma amiga com uma filha nesta fase me dizer: "Espera até chegar aos dois anos...".


Confirma-se. Não digo que seja pior, mas é uma etapa mais desafiante. 

Mas o que é realmente isto dos terrible twos?


Basicamente é uma fase na qual eles já não são bebés mas também ainda não são crianças. Lutam entre a dependência que ainda têm nos adultos e o desejo pela independência. É normal nesta fase oscilarem rapidamente entre o grande apego e a vontade de desempenharem tarefas sozinhos. 


A juntar a isto, temos um desenvolvimento extraordinário a nível motor, intelectual, social e  emocional. O vocabulário cresce de dia para dia, a autonomia também e começam a perceber que também há regras que têm de ser cumpridas.

O que acontece é que muitas vezes a agilidade motora, verbal e emocional não acompanha o ritmo deste crescimento, o que pode gerar frustração, mau comportamento e birras.


É normal ver uma criança de dois anos gritar ou atirar-se para o chão quando alguma coisa não corre conforme as suas expectativas e, por mais difícil que pareça, não vale a pena tentar chamá-los à razão nesta fase.


O ideal é tentar desviar-lhe a atenção e, se não for o suficiente para parar com o comportamento, levá-los para um local calmo (caso estejam fora de casa) e deixar que a birra passe. Geralmente quando passa a crise eles ficam estranhamente calmos e é possível falar sobre o que se passou.


Ler informação sobre esta fase fez-me compreender melhor o que a Madalena está a passar e ajudou-me a lidar melhor com isto.

Há dias em que fico frustrada, mas felizmente são muitos mais os dias bons que os dias de birra. Nos dias de birra tento perceber os factores que as desencadearam e se são de alguma forma evitáveis (não dormir, demasiada agitação...) para da próxima vez correr melhor.


Por isso quando virem aquela Mãe a arrastar um filho que esperneia sabe Deus porquê não julguem. Não enviem olhares reprovadores (acreditem, essa Mãe está nesse preciso momento a passar na cabeça tudo o que fez e a perceber no que terá errado). Uma criança que faz uma birra não tem de ser fruto de pais incompetentes. Muitas vezes não o é. 


Entretanto já me disseram que os 3 anos é que são os terríveis. Oh well. Um passo de cada vez ❤️


sábado, 19 de agosto de 2017

Pelo fim da violência

Tenho evitado ao máximo falar sobre isto, porque este blog quer-se leve e divertido, mas começa a ser impossível ficar calada.


Ontem estava feliz da vida, de férias, a descansar. Quando acordámos da sesta vi nas notícias o que se tinha passado em Barcelona. 

Pessoas que estavam na sua vida, muitas delas de férias como nós, morreram em mais um atentado. Vimos as notícias em directo na TV com a Madalena sempre a perguntar : "Que foi mamã? Que se passa mamã?" e eu desvalorizei, naturalmente. Disse que não era nada, que tínhamos era de brincar.


Mas não é verdade. 

Pensei no que seria de por acaso lá estivéssemos. Se acontecesse alguma coisa a um de nós, e fiquei angustiada.

Que raio de mundo é este? Não é isto que quero como realidade para a minha filha. Não quero que ela ache isto normal. Não quero sequer que ela tenha de ter uma opinião sobre isto. Não quero que ela cresça neste clima de terror que, devagar devagarinho, se vai instalando. 

Sei que não posso fazer muito em relação a isto. Não quero condicionar a minha vida pensando no que pode vir a acontecer, mas já dou por mim a pensar mais vezes no factor segurança do que fazia.


Resta-me educá-la com base no amor e no respeito. Tentar contribuir para uma nova geração que possa fazer a diferença.


Até lá vou continuar a enchê-la de beijos e abraços e deixá-la viver no seu mundo de princesas e magia, dizem que por lá vivem felizes para sempre.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Coisas que valem mesmo a pena

Quando estamos grávidas compramos muita tralha, MUITA mesmo, e só nos apercebemos disto depois dos nossos filhos terem alguns meses. 

Naturalmente cá em casa não foi diferente. Talvez por isso agora sinta a necessidade de partilhar a minha experiência com quem esteja agora a "encher a casa de tralha", dizendo aquilo que valeu mesmo a pena.

Vou começar com aquela que foi, sem dúvida, a melhor compra que fizemos: o berço Next to Me da Chicco.

Antes da Madalena nascer comprei uma alcofa linda, na Zara Home, com uns pés que ficavam no quarto ao lado da cama e com umas asas que permitiam transportar a alcofa pela casa toda.
Ora aquilo era lindo, mas entre o peso da alcofa e da cria (que nasceu logo com 4,235Kgs) era super difícil de transportar. Juntando a isto um pós-cesariana muito doloroso e sala e quarto em andares diferentes, acabou por não ser tão utilizada fora do quarto quanto isso.

Outra coisa que não me tinha passado pela cabeça era a quantidade de vezes que iria acordar durante a noite e o que isso significava, tendo a Madalena na alcofa. Passados poucos meses percebi que aquilo não ia funcionar e comecei a pesquisar outras hipóteses.
Tendo em conta que a Madalena já era grandita e o Next to Me só estava indicado para mais poucos meses ainda pensei duas vezes antes de o comprar, porque o investimento ainda é significativo. Depois apanhei uma promoção da Zippy e a minha Mãe (obrigada Mãe!!) acabou por mo comprar.

A partir daí o acordar mil vezes durante a noite (muitas para dar de mamar) tornou-se menos doloroso. Bastava virar-me para o lado dela, puxá-la para mim e já estava. Depois era só voltar a pô-la na cama dela e adormecer. Demorava segundos no processo e a qualidade de vida que isso me trouxe foi incrível. 

O berço permite ajustar a altura nas duas extremidades, logo é possível elevar só a cabeceira quando tal é necessário e é relativamente fácil de transportar (ainda fez umas viagens connosco).

Fica aqui a minha experiência. Espero que ajude!