sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Regresso a casa

Ora depois de uma semana intensa chega 6a Feira. O início de 2 dias de descanso.
Calhou também ser hoje o dia em que os nossos dois gatos foram à tosquia. Supostamente o Miguel poderia ir buscá-los, mas como eles se portaram particularmente mal a coisa demorou mais tempo e calhou-me a fava.
Porque é que digo fava? Porque teria de o fazer a seguir de ir buscar a Madalena à escola.

Ora então trabalhei, fui buscar a Madalena, ainda foi comigo trabalhar um bocado e a seguir fomos aos gatos.

Chegamos ao Hospital Veterinário e tive de ir com a Madalena buscar as feras, pois decidiram fazer fita e ninguém tinha mão neles.
Lá os fomos buscar calmamente e vamos embora. Eu, a Madalena e duas transportadoras, cada uma com um gato mais possuído que o outro.

Apanhamos trânsito e um trajecto que normalmente demora 2 minutos a fazer passou facilmente a 20, com uma bebé cheia de sono a fazer fita e dois gatos a miar desesperados. 

Chegamos a casa e tive de lavar os gatos (não foi possível fazê-lo no Hospital, devido à triste figura que fizeram) para tirar o pelo solto.

Madalena na espreguiçadeira a assistir a tudo (até palminhas bateu) e siga com os gatos para a banheira. 
Acabo de os lavar e é hora de dar banho à Madalena que tinha bolçado à chegada ao Hospital Veterinário. 
Como sempre portou-se lindamente.

Gatos lavados, Madalena lavada, está na hora do antibiótico.
Entro na cozinha com a Madalena, preparo o antibiótico e, quando estou a sair da cozinha ouço um zumbido.
Olho em volta e vejo uma vespa gigante.
Mando um grito, corro para o corredor (sempre com a Madalena ao colo) e fecho a porta.
Ligo para o Miguel para o avisar do petisco que tem quando chegar a casa, lembrando-o sempre que o bicho está lá mas não é para o matar.

Adormeço a Madalena, o Miguel chega e vamos os dois para a cozinha.
Eu de casaco de gorro, toda tapada, e ele munido de um coador e uma pinça (o que me ri...).
Ele a tentar dar com o coador na vespa enquanto eu gritava:

"NÃO A MAAAAATESSSS!!! AS ABELHAS SÃO ESSENCIAIS PARA O NOSSO ECOSSISTEMA!!"

E isto é um final de dia normal cá em casa. 
Se podia ser diferente? Obviamente que sim.
Se teria tanta graça? Claro que não...

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Crónicas hospitalares #1

Dia 2 ou 3 de internamento.
Eu, a Madalena e o Miguel na sala de leitura da enfermaria de pediatria, a ver a vista (já que a vista do quarto se limitava à Decathlon e do outro lado sempre víamos a serra de Sintra). Olhamos para baixo e, num jardim interior, vemos o que achamos ser um médico a apanhar sol. Pijama cirúrgico e bata branca. Só pode ser 
Estava um lindo dia, é verdade, mas olhando melhor, parecia que o "médico" estava de peito de fora. Hmmmmm... Até pode ser um jardim interior, mas certamente que o "médico" sabia que haveria quem o pudesse ver naqueles propósitos.
Continuamos a ver, para perceber o que se passa.
Sai um enfermeiro para esse mesmo jardim e dirige-se para ele. Será que o ia chamar para uma consulta? Aguardamos.
O "médico" vê o enfermeiro e levanta-se, não sem antes tirar a bata. Ora ao tirar a bata constatamos que tem metade do rabo de fora das calças.
Já começa a ser demais.
Levanta-se. E aí percebemos que está de chinelos. Descartáveis...
Ao dar o primeiro passo perde um dos chinelos. Fica 5 minutos a tentar colocá-lo no pé...

Conclusão : a sala de leitura tem vista para a ala psiquiátrica... 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

É por isto que odeio o Berçário

6 dias.
Foram esses os dias que passámos internadas no Hospital de Cascais graças à última "virose" trazida da escola.
"É assim que criam imunidade!!"
É assim o raio que os parta.
Pegamos nos nossos filhos, criados com todo o amor e carinho, filhos que nunca tinham sabido o que era estar doente, e pomo-los em escolas.
É certo. São bem cuidados.
São acarinhados. Até lhes faz bem a convivência com os outros bebés, tudo bem.
O que não lhes faz bem é ficarem, aos 6 meses, 6 dias fechados numa ala pediátrica à espera de estarem bem para voltar para casa.
Não lhes faz bem fazer os 7 meses num quarto de hospital.
Não lhes faz bem serem picados para tirar sangue para análises e colocar cateteres.
Não lhes faz bem sentirem-se doentes e não podermos fazer mais nada senão aguardar pelo efeito da medicação e enchê-los de carinho.

Agora já passou. Já estamos em casa e em franca recuperação.
Resta enviar um grande beijinho às equipas de enfermagem e auxiliares da ala pediátrica do Hospital de Cascais.
Foram realmente extraordinárias e não só acarinharam a minha filha, como conseguiram levar com o meu mau feitio e raiva nos dias mais complicados, sempre de sorriso na cara. Não deve ser nada fácil, mas conseguiram com que custasse um bocadinho menos andar por lá.

Agora é respirar fundo mil vezes e pensar que o pior já passou.
Já disse que odeio o berçário?...

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Porquê??

Há quem acalme as crianças a cantar músicas infantis. Há quem as acalme com músicas inventadas. Depois há aquelas, como eu, que têm a triste ideia de começar a cantar o "I have nothing" da Whitney Houston, por brincadeira, e agora ter essa música como a única que acalma a filha quando está a fazer birra...

domingo, 1 de novembro de 2015

Dicas para um Sábado de sucesso. Parte 2.

Ora então, depois de acabar o episódio do Mercadito, depois do Gymboree e já almoçada, fui com a Madalena ao Fórum Sintra. O terror dos elevadores.
Estaciono no piso -3 e espero pacientemente pelo elevador.
Saem duas mulheres dos seus 30 anos alegremente.
Entro no elevador com a Madalena no carrinho e uma mulher vem a correr para subir connosco.
O elevador sobe, paramos no -2 e entra outra mulher.
Continuamos a subir e eis que chegamos ao piso -1, abrem-se as portas e aparece um casal com um carrinho de bebé.
Ora as criaturas que partilhavam o elevador comigo ficaram imóveis. Ainda tiveram a lata de sorrir ao olhar para o bebé, as fofinhas.

Passei-me. 

Entrei em modo Mãe louca hormonal e saí-me com um:

"Não acham que já deviam ter saído para estes senhores entrarem? Nem deviam estar aqui dentro, já que é RESERVADO a quem precisa dele. Deviam ter vergonha"

E pelos vistos tiveram. Saíram em silêncio e o casal entrou, com o carrinho.

Mãe louca e hormonal - 1 ; Criaturas egoístas e preguiçosas - 0 

Dicas para um Sábado de sucesso. Parte 1.

É verdade. Ontem fui ao Mercadito mais badalado e visitado da Galáxia e correu bem. Correu mesmo muito bem.
Parece mentira não é? Mas não, foi mesmo assim.
Como é que se consegue uma proeza destas? Fácil!
É só verificar a hora de abertura do evento às 4 da manhã do próprio dia e organizar as voltas:
Saíamos de casa cedinho, dávamos um saltinho no Mercadito e seguíamos para o Gymboree. Perfeito.

Ora toca de pegar no wrap (sim, da última vez que lá fui, muito grávida, vi o horror que era andar a empurrar carrinhos naquele piso ultra irregular, para além dos riscos de poder ser abalroada por alguma selvagem que quer comprar o último fofo a 50€) e lá fomos nós.
Chego a Lisboa e a coisa está calma. Alguns carros em fila para estacionar dentro do local do evento (assumi que seriam da organização), e toca a tentar estacionar o carro na rua.
Qual não é o meu espanto quando arranjo lugar a 20 metros (sim, não estou a exagerar) da porta.
Paro o carro, ponho a Madalena no wrap e lá fomos.
Chegamos ao local e comecei a achar estranho. Muitos stands ainda por montar e quase todos ainda a meio gás. 
"Que horror! (pensei) Gente mais desorganizada! Onde é que já se viu, na hora do evento, isto ainda estar nesta confusão?"

Depois caiu-me a ficha e fui verificar a hora de abertura.
Pois era daí a uma hora. Fui para o local uma hora antes de abrir ao público...
Lá fiquei com a Madalena a passear e foi maravilhoso. Senti-me como se estivesse num preview só para nós. Vi toooooooodos os stands, espreitei o que me interessava, sondei preços e localizei aquilo que queria comprar. Também não era muito.

De repente olho para a entrada e vejo que colocaram uma barreira e está uma fila ENORME de gente para entrar. E nós já lá dentro a passear. Entretanto a Madalena ficou com a moleza de toda esta excitação e adormeceu profundamente no wrap.
Às 10 da manhã as portas abriram, fui a correr aos 3 sítios que queria ver, comprei o que tinha para comprar e às 10.05 estava fora dali.

Maravilhoso hein?