domingo, 4 de dezembro de 2016

O Pai Natal

O Pai Natal é uma personagem pouco consensual. Um velhinho querido que leva presentes para um, um monstro verde de sete cabeças para outros. Ou se adora ou se odeia.

No ano passado a Madalena tolerou. Tirou as fotografias da praxe, sempre com ar desconfiado, mas a coisa até correu bem.
Este ano, assim que apareceu o primeiro Pai Natal de shopping fui com ela para ver a reacção. 

Calhou o Pai Natal ter-se atrasado nesse dia e termos ficado uns 15 minutos na fila à espera dele. Lá expliquei à Madalena que estávamos à espera do Pai Natal é ensinei-a a chamá-lo. Ela estava radiante: "Pái Natáááá!!!" gritava entre risos. Até que o dito aparece. 
De início não percebeu bem o que era, nem eu percebi o que viria dali.
Fomos logo as segundas. Avancei com ela ao colo e começo a senti-la a agarrar-se de braços e pernas ao meu corpo, cravando as unhas nos meus braços. 
Pensei: "Ok, está a estranhar, é normal".
Assim que chegámos a 2 metros dele  o caos instalou-se. Começa a berrar e a esconder a cara, enquanto gritava "NÃO!! NÃO!! NÃO!!".

Não insisti. Sai dali com ela, a tentar explicar que o Pai Natal era fofinho e que lhe ia trazer presentes. Está bem. Só acalmou quando o deixou de ver.

Ainda consegui que tirassem uma foto da tentativa de aproximação, foto essa que ficará guardada com todo o amor e carinho para a envergonhar quando fizer 18 anos ...




    


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