Começa com o "Então, já tens um namorado??" E nunca mais acaba.
Do namorado passa ao casamento, do casamento ao filho, do primeiro filho ao seguinte e assim sucessivamente.
Como se isto não bastasse, a televisão, publicidade e redes sociais passam uma ideia da imagem ideal da mulher que é virtualmente impossível de conseguir.
A cereja no topo do bolo são as expectativas em torno do que uma mulher tem de ser depois de parir.
Há que ter filhos lindos, cuidados, impecavelmente vestidos e arranjados. Tem de ser a Mãe perfeita enquanto cuida de si como se essa fosse a única tarefa. Cabelo arranjado, ginásio e alimentação cuidada, tudo isto assim que a criança salta cá para fora.
Ridículo não é? E pensar que a maior fonte de pressão são exactamente as outras mulheres?
O pior inimigo das mulheres são as outras mulheres. Ponto.
Para algumas mulheres voltar ao corpo que tinham é um processo fisiológico e rápido, para outras é uma luta. Quem somos nós para criticar?
A maternidade já tem tantos desafios, porque é que temos de a tornar ainda mais complicada?
E como é que outras mulheres, algumas até já com filhos, têm o desplante de opinar sobre um assunto tão pessoal como este?
Não sabemos o que se passa na vida das pessoas e se realmente achamos que alguma coisa se passa o que devemos fazer é apoiar e nunca julgar.
Eu tenho uma filha, e quero que ela cresça sabendo o que é a tolerância, respeito, amizade e compreensão. Quero que ela viva num mundo onde as mulheres são unidas e se apoiam, e não mais uma fonte pressão.
As mulheres do futuro dependem de nós.
Não se esqueçam: as nossas filhas merecem muito mais que isto.
Não se esqueçam: as nossas filhas merecem muito mais que isto.