Independentemente disso ainda há aqueles comentários...ai aqueles...que ainda não acabaram de ser ditos e já o meu sangue fervilha. Nesses momentos imagino toda uma cena alternativa na minha cabeça, num universo onde eu teria a liberdade de responder exactamente aquilo que me apetecia e a coisa seria mais ou menos assim:
P- Ahhh, ela está com tanta tosse...já a levaste ao médico coitadinha?
D- Não. Sabes que eu sou fã de Darwin e da selecção natural. Se ela não se safar sozinha é porque não era lá grande coisa
P- Está tanto frio...de certeza que ela está bem agasalhada?
D- Claro que não. Há pouca coisa que me dê mais prazer que ver a minha filha sofrer de hipotermia. É isso e o Benfica ser campeão.
P- Mas o médico não receitou antibiótico/xarope/comprimidos/sabedeusoquê? Assim admira-te que ela nunca mais fique boa!
D- Por acaso o pediatra dela deve ser mais ou menos da tua idade...às tantas tiraram o curso de medicina juntos! Ahh...não és médica...pois.
P- Com esse tamanho todo e ainda anda ao colo?
D- É verdade. Durante uns tempos experimentei andar com ela agarrada à minha perna a berrar, mas deu-me cabo da ciática.
P- Ainda não dorme a noite toda?? A minha dorme 12 horas desde os 6 meses.
D- Poooois, se eu ao acordar a meio da noite tivesse de olhar para a tua cara também preferia dormir às 12 horas de cada vez.
Quando é que os comentários param, mesmo?...
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