domingo, 6 de dezembro de 2015

Fraldários

Já se sabe que uma Mãe consegue fazer muita coisa. Com o nascimento de um filho nasce também em nós um espírito de MacGyver, que nos dá uma capacidade de inventar soluções quando elas parecem impossíveis.
Isto nunca foi tão real como com o drama dos fraldários.

Antes de ser mãe nunca tinha reparado que em restaurantes é raro haver um. Normal. Não precisava dele, por isso não me fazia falta.
Agora que tenho a Madalena quase que me apetece ter um diário onde anoto os que têm, ou melhor, não só os que têm como o que aconteceu nos outros, quando precisei de lhe mudar a fralda.

Dentro das histórias mais absurdas tenho duas mudanças de fralda surreais.
Uma, num restaurante todo chique em Sintra, com a Madalena suja até à nuca. Foi-me dada a única opção que dispunham: uma cadeira de praia de madeira e lona, rentinha ao chão, onde não só tive de mudar a fralda de joelhos, como também tive de controlar os movimentos da Madalena porque a lona balançava lado a lado.
A segunda, num restaurante em Alcabideche, onde acabei a mudar a fralda na dispensa, em cima de uma pilha de toalhas de mesa de papel, rodeada de caixas de comida.

Pior que isto são os restaurantes que, não só não possuem fraldário, como ainda nos lançam um ar de desprezo quando perguntamos onde podemos mudar a fralda.
Ontem almocei num restaurante desses. Um restaurante dos mais antigos na zona de Birre. Quando precisei de mudar a fralda à Madalena não só percebi que não havia fraldário como, quando perguntei a um empregado como poderia fazê-lo levei um: "Sei lá! Não dá.", seguindo depois no seu caminho como se nada fosse.

Eu assumo que não seja obrigatório ter fraldários em restaurantes, mas este tipo de postura, num restaurante supostamente bom deixa-me irritada.
A vontade que me dá é de ocupar a primeira mesa livre e mudar a fralda ali, mas como (ainda) não estou louca fico-me sempre pela vontade.

E vocês? Contem-me as vossas histórias dantescas de mudanças de fralda sem fraldários ou em fraldários alternativos.
Imagino que haja muuuuuuuitas por aí!!

3 comentários:

  1. Mudança de fralda... no chão, de uma casa de banho cubículo! A pior sem dúvida! Há sempre a possibilidade de se ir mudar a fralda ao banco traseiro do carro... outra aventura dantesca!!! LOLOLOLOLOL

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  2. Restaurantes sem fraldário é impensável! Como não tenho filhos, ainda não me tinha dado conta que isso existia! É uma falta de respeito para com os pais, par com os bebés e para com todos os clientes em geral! Não percebo, recuso-me a aceitar, não é este um país europeu?

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  3. Ora bem... A última vez que fui a um restaurante (em Alcobaça) tive de mudar a fralda ao meu filho no hall de entrada das casas-de-banho em cima de uma cadeira minúscula que tinha lá... Então era as pessoas a passarem para ir à casa-de-banho e eu de rabo para o ar a mudar a fralda do meu filho... diga-se que foi um bonito cenário... Realmente, agora que fui mãe (mais precisamente há 9 meses e meio) é que me apercebo que raramente existem fraldários e os que existem, muitas das vezes, são uma autêntica vergonha sem condições nenhumas! Custava tanto terem? Não me parece assim tão dispendioso colocar um fraldário, nem que seja daqueles de parede que recolhem e não ocupam espaço nenhum... Ah, lembrei-me agora que já tive também de mudar a fralda em cima de um lavatório, pobre do meu filho! Mas teve de ser... A necessidade assim o exige! Parabéns pelo blogue... vim cá ter por acaso... estou a gostar de o ler e assim continuarei.

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